Presidente da Interpol que estava desaparecido demitiu-se e está detido na China

Meng Hongwei, de 60 anos, é (ou era) vice-ministro da segurança pública na China e um peso pesado do Partido Comunista Chinês.

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Meng Hongwei Reuters

A agência chinesa anti-corrupção anunciou este domingo que as autoridades do país estão a investigar e detiveram Meng Hongwei, o presidente da Interpol, por suspeitas de violação da lei. Logo a seguir, a polícia internacional anunciou ter recebido a sua demissão.

Meng, que também era também vice-ministro chinês para a segurança pública (tendo a seu cargo a supervisão dos serviços secretos), foi dado como desaparecido depois de sair da sede da polícia internacional em Lyon (França) com destino à China.

A sua mulher está sob protecção policial em Lyon, depois de ter alertado para o desaparecimento do marido a 29 de Setembro e de ter recebido ameaças.

A Interpol divulgou que o cargo de presidente é assumido interinamente pelo sul-coreano Kim Jong-yang, até ser escolhido um sucessor, numa reunião no Dubai em Novembro.

Meng, de 64 anos, chegou à chefia da Organização Internacional de Polícia Internacional em Novembro de 2016 — a Interpol foi criada em 1914 e tem 192 membros.

Nascido em Harbin, na China, Meng Hongwei foi director da Guarda Costeira chinesa antes de ser vice-ministo. Explicam as agências noticiosas internacionais que Meng Hongwei era um “peso pesado” do Partido Comunista Chinês. Razão pela qual organizações de defesa dos direitos humanos expressaram dúvidas quando foi nomeado para a Interpol, receando que Pequim usasse a posição para vigiar ou perseguir dissidentes no estrangeiro.

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