Donatella promete que a venda da Versace vai trazer emprego aos italianos

A casa de moda italiana foi vendida à norte-americana Michael Kors.

Donatella Versace à chegada a uma reunião com os funcionários da marca
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Donatella Versace à chegada a uma reunião com os funcionários da marca Reuters/STEFANO RELLANDINI
Na terça-feira, a directora reuniu com os funcionários em Milão
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Na terça-feira, a directora reuniu com os funcionários em Milão Reuters/STEFANO RELLANDINI

Antes de ser vendida à Michael Kors não houve investidores italianos interessados na aquisição. Apesar de a compra ter sido feita por um grande grupo norte-americano, a criação de novos empregos será em Itália, declara Donatella Versace, directora criativa da casa de moda italiana, aos jornais do seu país.  

A notícia da aquisição soube-se logo no início da semana e na terça-feira, Donatella reuniu com os funcionários da Versace, em Milão. "No ano passado, a Versace foi abordada por muitas pessoas. Franceses, americanos, mas não italianos. Não fomos nós que nos recusamos a participar num grupo italiano", informa Donatella, irmã do falecido fundador da Versace, Gianni, ao Corriere della  Sera.

Para a italiana, noutras declarações ao La Repubblica e ao Il Sole 24 Ore, este acordo mostra o quanto as marcas italianas são desejáveis aos olhos dos investidores estrangeiros, respondendo assim às críticas sobre a venda a um grupo estrangeiro.

Michael Kors concordou em comprar a marca de luxo por 1,83 mil milhões de euros, incluindo dívidas, num movimento que visa permitir que o grupo Kors conquiste rivais europeus e revitalize as vendas da Versace. Donatella revela ainda que a empresa empregará mais pessoas na Itália. "Vamos criar novos empregos e seremos um estímulo para o desenvolvimento económico nas regiões onde trabalhamos", afirma ao jornal económico Il Sole 24 Ore.

Como parte do acordo, a Michael Kors Holding Ltd será renomeada como Capri Holdings Ltd e a família Versace, que detinha 80% da casa de moda, receberá 150 milhões de euros do preço de compra das acções da nova holding. "É uma parte importante", diz Donatella, sem dar detalhes. Os jornais estimavam que a participação seria entre 1,5% e 2%.

"Estejam preparados, a Versace será mais poderosa do que nunca", conclui a directora criativa da marca italiana.