Taxistas não saem das ruas: o protesto é para continuar
Taxistas reuniram-se com os partidos, mas só o BE admitiu recorrer ao Tribunal Constitucional.
As duas entidades representativas do sector do táxi apelaram nesta quarta-feira para que os profissionais se mantenham em protesto nas ruas, depois de terem estado reunidas com os grupos parlamentares.
Após os encontros no Parlamento, já nos Restauradores, local do início do protesto em Lisboa, o presidente da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), Florêncio de Almeida, disse que tanto esta entidade como a Federação Portuguesa do Táxi entendem que o protesto deve continuar.
Os taxistas estão concentrados nas três cidades, com as viaturas paradas nas ruas, para tentar impedir a entrada em vigor, em 1 de Novembro, da lei que regula as plataformas electrónicas de transporte de passageiros em veículos descaracterizados.
Depois de os grupos parlamentares ouvirem os representantes dos taxistas, só o BE admitiu pedir ao Tribunal Constitucional a fiscalização da chamada “lei Uber”.
Mais de mil profissionais concentram-se esta quarta-feira nas cidades de Lisboa, Porto e Faro, em protesto contra a lei que regulamenta as plataformas electrónicas, exigindo a suspensão do diploma, que entra em vigor a 1 de Novembro, até que seja verificada a constitucionalidade.
A entrada em vigor da lei coloca em risco 30 mil postos de trabalho no sector do táxi, afirmaram as associações que representam os taxistas, exigindo "concorrência leal".
Câmara de Lisboa mantém condicionamentos de trânsito
Face à continuação do protesto, a Câmara Municipal de Lisboa mantém os condicionamentos de trânsito, particularmente na avenida da Liberdade.
Assim, nesta avenida central da capital, o trânsito só será permitido a transportes públicos e veículos de emergência, podendo a PSP "determinar a abertura ao transporte individual caso entenda haver condições para tal", avança a autarquia em comunicado. As restantes vias terão fortes restrições, acrescenta o município.
A Câmara Municipal de Lisboa apela ainda à utilização dos transportes públicos, adiantando que os condicionamentos serão levantados logo que a situação esteja normalizada.