Multibancos registaram novo pico histórico em Agosto
A SIBS admite fechar 2018 com receitas de 160 milhões de euros, que deverão chegar a 200 milhões daqui a cinco anos.
Em 2018 o volume de transacções processadas através dos vários canais da SIBS deverá superar 3,4 mil milhões, um novo registo histórico que a empresa chefiada por Vítor Bento admite voltar a quebrar dentro de cinco anos, quando contabilizar quatro mil milhões de operações.
Esta segunda-feira, durante um encontro com a comunicação social, Madalena Tomé, que está à frente da Comissão Executiva, espera que a SIBS dentro de cinco anos esteja a processar quatro mil milhões de operações, através dos seus múltiplos canais, nomeadamente, a rede Multibanco (responsável por 85% das transacções), a rede ATM Expresso [caixas automáticas localizadas em aeroportos, hotéis ou zonas de passagem de turistas], terminais automáticos de venda, portagens (Via Verde) ou home banking e mobile banking.
A mesma gestora referiu que a tendência tem sido de crescimento: em 2018 deverão ser contabilizadas 3,4 mil milhões de operações, mais do que em 2017, quando foram registados nas redes automáticas transacções de 3,1 mil milhões.
Em Agosto foi apurado novo pico histórico, com 260 milhões de transacções processadas, neste caso, só através das caixas automáticos das redes Multibanco e ATM Expresso e dos terminais de pagamento automático (no retalho). As operações movimentaram, no mês passado, 14 mil milhões de euros. Valores que rivalizam com os números de Dezembro de 2017, quando já se tinha atingido um máximo de 250 milhões de transacções. É na época natalícia que a SIBS habitualmente contabiliza os valores mais elevados. Pela primeira vez, em Agosto último, a SIBS ultrapassou 21,8 milhões de cartões e 334 mil terminais de pagamento automático.
A gestora adiantou ainda que a expectativa é que a empresa, que gere a rede multibanco e ATM Expresso, chegue a 31 de Dezembro deste ano com receitas de 160 milhões de euros, 8% das quais provenientes dos mercados internacionais onde já desenvolve actividade: Polónia, Angola, Nigéria, Argélia, Malta, Moçambique Bulgária, Timor, França, Luxemburgo.
As receitas deverão subir até 2023 para 200 milhões de euros, com a área internacional a reforçar o seu contributo em torno dos 15% do total.
De acordo com Madalena Tomé existe neste momento em Portugal cerca de um milhão de utilizadores de MB Way [a plataforma de pagamentos por conta instantâneos]. Uma solução lançada há cerca de três anos e que é considerada um marco na aposta da SIBS na era digital.
Para a gestora, a relação que a SIBS estabelece já não depende apenas dos bancos que operam em Portugal [os accionistas e os clientes], mas é feita cada vez mais com outros operadores como as fintechs (empresa financeiras da área tecnológica) e não apenas dentro do mercado doméstico.
A estratégia a prosseguir pela SIBS nos próximos anos terá como prioridade quatro eixos centrados na inovação e no mundo digital. O primeiro é a “dinamização dos pagamentos electrónicos e combate ao cash [uso de notas e moedas]” e a procura de que haja maior “compromisso por parte das instituições públicas com os meios de pagamento digitais” e o combate à informalidade.
O segundo objectivo da SIBS é procurar soluções que atraiam os comerciantes de retalho para o e-commerce que em Portugal representa 4% do total, enquanto na UE já está em sete por cento. O terceiro eixo será a aposta no desenvolvimento de soluções e de serviços anti-fraude. Por último, Madalena Tomé mencionou a a internacionalização da SIBS como prioridade, destacando que em 2018, a operação em Angola deverá fechar com 500 milhões de transacções em cartões, e que a Polónia, é um mercado quatro vezes superior ao doméstico.