Djokovic está preparado para defrontar Sousa
Português vai tentar contrariar historial diante do sérvio. Anderson, Zverev e Petra Kvitova já foram afastados do Open dos EUA
“Ele não tem nada a perder, é um lutador, faz-nos correr (adora correr), gosta de fugir à esquerda e bater direitas. Não me vai oferecer a vitória, vou ter de a merecer”, afirmou Novak Djokovic, antevendo o encontro desta segunda-feira (não antes das 19h em Portugal) dos oitavos-de-final do Open dos EUA com João Sousa. Mesmo sem nunca ter perdido um set em quatro duelos com o vimaranense, o actual campeão de Wimbledon e grande favorito à conquista do Open sabe o valor de Sousa e a confiança com que chega, pela primeira vez, a esta fase de um torneio do Grand Slam.
“Não podia estar mais contente. O objectivo de estar na segunda semana de um Grand Slam foi finalmente alcançado depois de algumas tentativas”, afirmou Sousa, depois derrotar Lucas Pouille (17.º), por 7-6 (7/5), 4-6, 7-6 (7/4) e 7-6 (7/5). “Estou contente pela forma como me apresentei, pelo nível que exibi. Os resultados nos últimos meses não tinham sido os desejados, sempre acreditámos que estávamos a fazer um bom trabalho e que os resultados podiam voltar a acontecer. Tem sido uma grande semana, tenho estado a jogar melhor a cada ronda”, confirmou o português que, no court, fez questão de agradecer ao público, entre o qual se contavam muitos compatriotas.
A história dos duelos entre Djokovic e Sousa é totalmente favorável ao sérvio, que nunca perdeu um set nos embates disputados no Open dos EUA (2013), Roland Garros (2014 e 2017) e Masters 1000 de Miami (2016). “Ele teve uma grande vitória sobre o Pouille e há alguns dias sobre o Carreño Busta. Já não o defronto há algum tempo, de qualquer forma, sei que sou o claro favorito. Ao mesmo tempo, vou tentar manter o nível de ténis que tenho apresentado”, disse o sérvio, após realizar a melhor exibição da semana no encontro que encerrou a jornada de sábado no Arthur Ashe Stadium, em que derrotou Richard Gasquet (25.º) pela 13.ª vez em 14 confrontos, desta vez com os parciais de 6-2, 6-3 e 6-3.
Certo é que, aos 29 anos, Sousa acrescentou mais uma bonita recordação a uma época, desde Maio, inesquecível, quando se tornou no primeiro português a triunfar no Millennium Estoril Open. Para já, está assegurado o regresso ao top 50 mundial – e um prémio de cerca de 230 mil euros (mais 12 mil da prova de pares).
Já no domingo – e depois das eliminações de Alexander Zverev (4.º) e de Petra Kvitova (5.ª) –, Dominic Thiem (9.º) afastou o finalista de 2017, Kevin Anderson (5.º), por 7-5, 6-2 e 7-6 (7/2), para se estrear nos quartos-de-final de um Grand Slam que não Roland Garros, num encontro em que não enfrentou qualquer break-point.