A família de Prince acredita que o médico que o tratou nas últimas semanas de vida e prescreveu medicamentos analgésicos, Michael Schulenberg, teve um papel “significativo” na morte do cantor, que morreu com uma overdose de analgésicos opióides, em Abril de 2016, de acordo com a Page Six.
O processo que colocaram em tribunal acusa o médico de ter falhado o diagnóstico de dependência de opióides, o que poderia prevenir a sua morte, alegando que este teria tido todas as condições para o fazer. Exigem, assim, uma compensação de 50 mil dólares (cerca de 43 mil euros).
“Ele não teve sucesso em fazer a avaliação, diagnosticar, tratar e aconselhar Prince para a sua reconhecível dependência de opióides e, além disso, não conseguiu tomar os passos apropriados e razoáveis para prevenir o resultado fatal dessa dependência”, acusa a família no processo, citado pela Page Six. “Estes desvios da prática médica padrão e aceitável tiveram um papel significativo na morte de Prince.”
O advogado de Schulenberg nega as acusações da família. “Compreendemos que tem sido difícil para toda a gente próxima de Nelson [Prince] e os seus fãs. Ainda assim, Schulenberg continua a defender o cuidado que Nelson recebeu”, diz em comunicado, citado pela revista Vanity Fair.
O processo da investigação da morte de Prince tinha sido arquivado em Abril deste ano, não havendo acusações. O procurador Mark Metz declarou, então, numa conferência de imprensa, que “não foram encontradas provas de que os medicamentos [que causaram a overdose de Prince] foram receitados por um médico”. Ainda assim, Schulenberg admitiu ter receitado um analgésico a uma pessoa próxima de Prince, com a consciência de que o fármaco era para o cantor. A investigação revelou que essa pessoa era Kirk Johnson, guarda-costas do artista. O caso não foi a tribunal, já que Schulenberg aceitou pagar 30 mil dólares (aproximadamente 25,8 mil dólares) e ser submetido a um controlo de conduta durante os próximos dois anos.