Cinco projectos portugueses nomeados para prémio de arquitectura Mies van der Rohe
A Faculdade de Arquitectura da Universidade Católica de Lovaina, do atelier Aires Mateus, e o Terminal de Cruzeiros de Lisboa, de Carrilho da Graça, estão entre as indicações da Ordem dos Arquitectos.
Cinco projectos portugueses, entre os quais um do atelier Aires Mateus e outro de Carrilho da Graça, estão nomeados para o Prémio de Arquitectura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe 2019, revelou esta quinta-feira a Ordem dos Arquitectos.
As cinco obras foram escolhidas a partir de um total de 31 projectos por um júri convidado pela Ordem dos Arquitectos, e integram agora a lista de nomeados para aquele prémio europeu. De entre os nomeados, um júri internacional escolherá os finalistas e posteriormente o projecto vencedor.
Os nomeados portugueses são o projecto da Faculdade de Arquitectura da Universidade Católica de Lovaina, em Tournai, na Bélgica, pelo atelier Aires Mateus; o hotel Casa do Rio, em Vila Nova de Foz Côa, de Francisco Vieira de Campos (atelier Menos é Mais); o Terminal de Cruzeiros de Lisboa, de João Luís Carrilho da Graça; o Jardim Botânico do Porto, que inclui a reabilitação da Casa Andresen, da Casa Salbert e das Estufas de Franz Koepp, por Nuno Valentim, Frederico Eça e Margarida Carvalho; e o projecto Promise – Casa do Caseiro, em Grândola, de Camilo Rebelo, Cristina Chicau e Patrício Guedes.
"As obras seleccionadas pretendem representar a produção arquitectónica em Portugal no biénio 2017-2018, contemplando diversas tipologias e enquadramento territorial", refere o júri português.
Segundo a Ordem dos Arquitectos, o júri recomendou ainda a nomeação de Diogo Aguiar para o prémio de "arquitecto emergente" pelo trabalho do pavilhão temporário do Jardim de Serralves.
O Prémio de Arquitectura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe, no valor de 60 mil euros, foi instituído em 1987 pela Comissão Europeia e pela Fundação Mies van der Rohe (sediada em Barcelona) e é considerado um dos galardões de maior prestígio na área da arquitectura. As menções especiais têm um prémio de 20 mil euros.
Na sua primeira edição, em 1988, o prémio foi atribuído a Álvaro Siza pelo projecto do Banco Borges & Irmão, em Vila do Conde.