Fotografia
Nove Meses de Inverno e Três de Inferno: dez anos nas entranhas transmontanas
Têm o mundo rural entranhado, mas abraçam muito mais do que um país longe do mar. As imagens de João Pedro Marnoto — resultado de dez anos de vivência e viagem por Trás-os-Montes — representam “uma certa ruralidade” em extinção que, diz o fotógrafo, já só habita na outra ponta da Europa, na Roménia. Mas, mais do que o retrato de uma região, são um registo “abstracto” reconhecível em diversas geografias. São a mostra de um mundo em mudança — e em conflito. Urbano versus rural. Progresso versus tradição. Não é essa uma narrativa universal?
Marnoto, produto urbano originário do Porto, tornou-se há uns anos cidadão transmontano. E desse privilégio de ser da casa fez nascer Nove Meses de Inverno e Três de Inferno, livro e documentário, trabalho de uma década e número incontável de frames e horas de filmagem. Agora, anda pelas aldeias portuguesas, projector e tela às costas, a mostrar o seu filme de 94 minutos. Uma continuação da viagem que quer também ter paragens em cidades do litoral e além fronteiras.
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