Fundação Portuguesa do Pulmão alerta para efeitos "muito penalizadores" dos incêndios
Evitar a inalação de fumo é crucial. Doentes respiratórios devem ter especial cuidado.
Os incêndios florestais têm efeitos "muito penalizadores" para a saúde respiratória e são causa de "processos inflamatórios de toda a via aérea (faringe, laringe, traqueia e brônquios), de infecções brônquicas e pulmonares e descompensação de doenças respiratórias pré-existentes (asma, bronquiectasias, doença pulmonar obstrutiva crónica, entre outras)". Quem o diz é a Fundação Portuguesa do Pulmão (FPP), em comunicado, onde alerta para os efeitos particularmente nefastos deste fenómeno para os doentes com insuficiência respiratória crónica.
Assim, há alguns cuidados a ter — em particular pelos que sofrem de doenças respiratórias crónicas. De modo a evitar a inalação de fumo, deve recorrer-se a "equipamento de protecção respiratória". Pode ser uma máscara, tendo em atenção que "as máscaras usadas para proteger do pó não são eficazes para proteger os seus pulmões dos gases e de muitas das partículas finas do fumo", alerta a FPP. "Se não tiver uma máscara, use o que tiver à mão, por exemplo um lenço humedecido."
Outras estratégias para evitar a inalação de fumo são permanecer "o mais perto possível do solo onde o calor e o fumo são menos intensos" e evitar permanecer ao ar livre.
Também importante é reduzir a actividade física e beber líquidos.
Caso seja necessário atravessar uma zona de fumo de carro a FPP recomenda manter as janelas e os ventiladores fechados. "Se o carro tiver ar condicionado, ligue-o em modo de recirculação, para evitar que o ar exterior entre na viatura" — e deve fazer-se o mesmo com o ar condicionado dentro de casa.
"Se estiver sob tratamento respiratório, cumpra rigorosamente o esquema que lhe foi proposto pelo seu médico, sem esquecer a eventual medicação SOS", frisa a fundação. E "se for um doente insuficiente respiratório crónico sob tratamento com oxigénio, é altura de o fazer de acordo com as instruções que lhe foram dadas pelo seu médico".
Sempre que possível deve abandonar-se o local do incêndio.