Lisboa e Faro no topo: uma radiografia do AL nacional
Os dados do Registo Nacional do Alojamento Local (RNAL), referentes ao dia 2 de Agosto, mostram distritos onde estas unidades de turismo não se apresentam ainda em número significativo — Bragança (206), Guarda (239) e Portalegre (252) estão na base da pirâmide.
Na capital, estão registados 13.968 AL. Numa situação de lotação máxima, estas unidades podem receber 79.108 turistas — o que, em números redondos, tendo como referência o número de habitantes no concelho de Lisboa (547.733) segundo os Censos de 2011, daria uma média de sete moradores para cada turista. No distrito, o número de unidades chega às 18.326. Mesmo antes da radiografia ao AL que a Câmara Municipal de Lisboa já disse estar a fazer, já estará decidido que em Alfama, Mouraria e Castelo não serão aceites mais alojamentos locais a partir do momento em que as alterações à lei que regulam esta actividade entrem em vigor.
Nessa altura, as autarquias passam a ter o poder de impedir a abertura de novas unidades em zonas onde considerem haver AL em excesso. Fernando Medina já defendia esta opção de quotas no seu programa eleitoral e tem voltado ao tema com frequência, convidando os proprietários a olhar para lá do centro histórico e a apostar em zonas onde haverá menos oferta.
É no Sul, distrito de Faro, que se registam mais unidades de AL. São 28.706, com Albufeira (6295), Loulé (4317) e Portimão (3928) no top dos concelhos com mais unidades.
Em todo o país, estão registadas 72.104 unidades de alojamento temporário, num quadro onde, além do Porto, também a Madeira dá nas vistas (2983, incluindo Porto Santo) e há mais quatro distritos com números na ordem dos milhares de alojamentos registados: Leiria (3340, estando 778 deles na Nazaré), Setúbal (2649), Braga (1368) e Viana do Castelo (1038).
Notícia corrigida a 5/08 e 8/08: Foi retirada do título e do primeiro parágrafo a afirmação de que nos Açores quase não há unidades de alojamento local.