Aveiro rende-se às artes do espectáculo e já clama por mais

Terceira edição do Festival dos Canais encerra neste domingo e a adesão do público supera as expectativas

Paulo Pimenta
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A fasquia foi colocada bem alto mas tudo leva a crer que a aposta terá resultado na perfeição. A edição deste ano do Festival dos Canais — que encerra na noite deste domingo — atraiu a Aveiro um número de pessoas nunca antes registado e o público parece ter gostado desse convite para “fluir ao longo da cidade, usufruindo dela ao mesmo tempo que visualizava instalações, espectáculos e performances”, destaca José Pina, programador cultural do município aveirense. Nesta que foi a terceira edição do evento, o programa compreendeu cerca de 200 espectáculos e mobilizou mais de 300 artistas. Com essa certeza: em várias performances e instalações, o público era desafiado a ser parte integrante.

“Estou a gostar desta dinâmica que se gerou na cidade, envolvendo pessoas de várias idades, famílias inteiras”, avalia Erica Martins, cidadã brasileira a viver em Aveiro há um ano e que já aguarda pela próxima edição do Festival dos Canais. “E espero convidar alguns amigos para virem até cá assistir aos espectáculos”, acrescenta. 

Instalações artísticas, performances, workshops, oficinas criativas, mercados de rua e DJ's, e um cartaz de grandes concertos foram os ingredientes desta edição de sucesso. Como os eventos são todos gratuitos e decorrem em espaços abertos, torna-se difícil apontar um número estimado de público, mas a organização fala em “vários milhares de pessoas; muitas mais do que na edição do ano passado”, realça José Pina. 

Ao longo de cinco dias, de manhã até ao início da madrugada, havia sempre algo a acontecer em várias praças e espaços públicos da cidade. E muita gente a circular. Uma das estrelas da festa foi o espectáculo Um novo começo, interpretado pela companhia francesa Plasticiens Volants, bem como a marioneta iluminada de grandes proporções Dundu, que percorreu o centro da cidade. Mas as palmas também se fizeram ouvir bem alto em performances mais intimistas, como as de Adam Read, que foi um dos principais palhaços do Cirque du Soleil, ou do palhaço Murmuyo. 

E como a proposta passava por levar o público a usufruir da cidade, foram instaladas uma Funky Beach — um espaço com palmeiras, espreguiçadeiras e cocktails —, no Jardim do Museu Santa Joana, e uma Sala de Estar, na Praça da República, animadas por Dj’s e concertos.

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