Reino Unido aprova expansão de aeroporto de Heathrow

A decisão dos deputados mereceu críticas de organizações ambientais.

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Aeroporto de Heathrow
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O Parlamento britânico aprovou nesta segunda-feira a expansão do aeroporto londrino de Heathrow, com 415 votos a favor e 119 contra a construção de uma terceira pista. A votação durou quatro horas.

O Partido Conservador tinha a indicação para votar a favor da expansão, enquanto a posição oficial dos Trabalhistas era o chumbo, apesar de ter sido atribuída liberdade de voto aos membros do partido por Jeremy Corbyn, sendo que a maioria acabou por votar pela aprovação do projecto (119 contra 96).

O resultado foi bem recebido pela Confederação Industrial Britânica, que considerou a votação uma “histórica decisão que irá abrir as portas a uma nova era nas relações comerciais do Reino Unido”.

Mas também houve reacções negativas. Uma delas chegou da Greenpeace, que avisou que estava pronta para se juntar a um concílio, que inclui o mayor de Londres Sadiq Khan, para desafiar legalmente a construção desta terceira pista.

Também a Friends of the Earth, uma rede de organizações ambientais de 75 países, declarou num comunicado que “os deputados que apoiaram esta terceira pista de destruição ambiental serão penosamente julgados pela história”. “Expandir Heathrow apenas irá intensificar a desgraça [ambiental]”, sublinha a mesma rede.

Para além das organizações ambientais, vários populares protestaram às portas do Parlamento e alguns recordaram as declarações de Theresa May, actual-primeira ministra, em Maio de 2010. À data, a conservadora posicionou-se contra a construção de uma terceira pista.

Os deputados ressalvaram, no entanto, que o projecto terá de respeitar exigências ambientais, com a possibilidade de multar o aeroporto caso as promessas em relação a voos nocturnos e outras contenções não especificadas sejam desrespeitadas.

O Governo prometeu ainda que as obras não sairão dos bolsos dos contribuintes e destaca que irá criar 100 mil empregos, beneficiando todo o país, uma vez que o projecto inclui também voos internos, cita a BBC.

O ministro dos Transportes, Chris Grayling, sublinhou que esta nova pista era essencial para garantir “um caminho para o futuro do Reino Unido como uma nação global num mundo pós-'Brexit'”.

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