Alemanha evitou descarrilamento aos 90+5'

Suécia esteve a vencer, mas acabou derrotada no tempo de compensação e foi alcançada no Grupo F.

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Reuters/FRANCOIS LENOIR

Foi merecido. Depois de dominar o jogo inteiro, a Alemanha venceu a Suécia por 2-1, em Sochi, com o golo da vitória a aparecer no último suspiro da partida. Os suecos chegaram a estar em vantagem ao intervalo, mas prevaleceu a vontade germânica de não sair do Campeonato do Mundo logo ao segundo jogo da competição.

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Durante os primeiros 12 minutos de jogo, Manuel Neuer poderia ter-se instalado à sombra da bananeira, tal foi a forma como a sua equipa se apoderou da bola, não deixando os suecos terem posse, que chegou a estar acima dos 80% a favor dos germânicos. A Alemanha jogou muito apoiado e com passes curtos perto da área da Suécia, que, apesar de tudo, conseguia afastar o perigo.

Ao minuto doze, um oásis no meio do deserto. Marcus Berg recebe um passe em profundidade de Viktor Claesson, corre em direcção à baliza contrária, mas, pressionado por Jérôme Boateng, não consegue fazer a bola passar por Neuer. A Suécia usava assim o contra-ataque, uma das armas possíveis contra um adversário poderoso.

A Alemanha continuou com o seu domínio de bola, que só começou a decrescer quando Sebastian Rudy sofreu uma pancada no nariz (25’), obrigando os germânicos a jogarem momentaneamente com dez (até Gündogan ser lançado em campo). Os nórdicos começaram a crescer na posse e no jogo. Ao minuto 32 confirmava-se o bom momento dos suecos: Viktor Claesson assiste Ola Toivonen, que domina a bola com o peito na área e faz um chapéu perfeito a Neuer.

Até ao descanso, a selecção nórdica podia ter aumentado a vantagem, já que dispôs de mais duas oportunidades, e acabaria por pagar cara a ineficácia na finalização. Os campeões mundiais não queriam ver erradicada, logo ao segundo, jogo a sua oportunidade de revalidarem o título e entraram de forma arrasadora na segunda parte. Três minutos depois do regresso dos balneários, Timo Werner centra rasteiro para encontrar, no coração da área, Marco Reus, que não desperdiça.

Estabelecido o empate, a Alemanha voltava ao controlo do jogo e a empurrar os suecos para o último terço. As oportunidades foram aparecendo, o golo da reviravolta é que não. E grande parte da culpa deveu-se ao guardião sueco Robin Olsen.
A expulsão de Boateng ao minuto 82 (duplo amarelo) terá accionado ainda mais os alarmes e ameaçava causar mais estragos à Alemanha, mas a Suécia não capitalizou da melhor forma a superioridade numérica em campo.

Por essa altura, os alemães já não dependiam de si próprios para chegarem aos oitavos-de-final, mas ainda havia cinco minutos de descontos por cumprir. E foi justamente no último que, na conversão de um livre na zona lateral da grande área, Toni Kroos traduziu em números a superioridade germânica ao longo do encontro e colocou a equipa no segundo lugar do Grupo F, com vários cenários ainda em aberto.

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