Uruguai qualifica-se e leva a Rússia consigo
Sul-americanos derrotam a Arábia Saudita na segunda jornada do Grupo A, que cruza com o grupo de Portugal nos “oitavos”.
Para uma selecção que tem uma dupla de avançados do melhor que há no futebol mundial, o Uruguai marca muito poucos golos, mas marca os suficientes e, graças a duas vitórias económicas, já está nos oitavos-de-final do Mundial 2018. Nesta quarta-feira, um golo de Luis Suárez bastou para derrotar a Arábia Saudita por 1-0, um resultado que teve o efeito simultâneo de qualificar uruguaios e russos no Grupo A e deixar os árabes, mais uma vez, de fora da fase seguinte. Será, então, o Uruguai ou a Rússia o adversário da selecção portuguesa na fase seguinte caso esta também consiga a qualificação.
Ao contrário da Rússia, que tem despachado os seus adversários com vitórias robustas (5-0 aos árabes e 3-1 ao Egipto), o Uruguai tem sido mesmo muito económico nas vitórias, apesar de jogar com Cavani e Suárez na frente. Já tinha sido frente aos egípcios (1-0, Giménez aos 89’), e foi também nesta quarta-feira em Rostov.
Não foi um jogo espectacular o da formação orientada por Óscar Tabarez, mas foi eficiente q.b. e teve Luis Suaréz como o predador de área que é.
Sem fazer muito por isso, os sul-americanos chegaram à vantagem logo aos 23’. Na sequência de um canto e de uma saída em falso do guarda-redes árabe Mohammed Al Cwais (que se assustou com a presença de Godín na área), a bola ficou para o avançado do Barcelona, que fez, sem problemas, o único golo do jogo, tornando-se, de caminho, o primeiro jogador do seu país a marcar em três Mundiais — já tinha marcado três em 2010 e dois em 2014, quando também deu uma dentadinha ao ombro do italiano Chielinni.
A Arábia Saudita até teve uma boa reacção ao golo sofrido e teve boas iniciativas atacantes no imediato: dois bons remates de Babhir que não passaram longe da baliza de Muslera. Mas foi o melhor que a equipa de Juan Antonio Pizzi conseguiu fazer no jogo e, depois deste par de sustos, o Uruguai optou por entrar em modo gestão, sempre a controlar, sem se cansar muito e à espreita de uma oportunidade para marcar — os “portugueses” Maxi Pereira e Sebastián Coates, tal como no primeiro jogo, nem sequer saíram do banco.
Esse segundo golo da tranquilidade nunca chegou, mas não foi preciso mais para o Uruguai segurar um lugar nos “oitavos”, enquanto a selecção árabe, que trocou de treinador em cima do Mundial (saiu Marjwik, entrou Pizzi), continua a sua história pouco espectacular nos Mundiais — só por uma vez passou da fase de grupos, em 1994, em cinco participações, incluindo esta. Pode ainda fugir ao último lugar. Já o Uruguai, se quiser ser primeiro do grupo, terá de ganhar à Rússia na próxima segunda-feira.