Descongelamento das carreiras custará 593 milhões até final de 2020

Este é o impacto líquido previsto no Programa de Estabilidade que está a ser apresentado nesta sexta-feira pelo ministro das Finanças.

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Mário Centeno, ministro das Finanças, apresenta nesta sexta-feira o Programa de Estabilidade LUSA/MIGUEL A. LOPES

O descongelamento das carreiras dos funcionários públicos custará mais de 592,6 milhões de euros em termos líquidos ao longo dos próximos três anos, revela o Programa de Estabilidade 2018/2022 que está a ser apresentado nesta sexta-feira pelo ministro das Finanças, Mário Centeno, em conferência de imprensa.

Até ao final de 2018, o Governo espera desembolsar 352,7 milhões de euros para fazer face aos aumentos dos salários decorrentes das progressões na carreira, a que se somam 389,8 milhões em 2019 e 297 milhões de euros em 2020. Ao todo, os cofres do Estado terão de desembolsar mais de mil milhões de euros até final de 2020.

Mas, se a este valor descontarmos os 126 milhões de euros que o ministro das Finanças espera arrecadar com os impostos pagos pelos trabalhadores e o impacto de 320,8 milhões de euros nas contribuições para a Segurança Social decorrente do aumento dos salários, a despesa em termos líquidos ficará nos 592,6 milhões de euros.

O valor líquido apresentado no PE para este ano é de 201 milhões de euros, um valor muito semelhante ao impacto líquido de 211 milhões estimados no Orçamento do Estado de 2018.

O descongelamento das carreiras dos funcionários públicos está a ser feito de forma gradual. Iniciou-se em Janeiro de 2018 e só estará concluído em 2019, contudo o impacto prolonga-se pelo ano seguinte.

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