Pelo menos 500 pessoas terão sido expostas a químicos em Douma
Organização Mundial da Saúde exige acesso imediato à cidade síria atingida por dois ataques químicos atribuídos ao regime de Bashar al-Assad.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que os seus parceiros no terreno na cidade síria de Douma garantem que pelo menos 500 pessoas apresentaram sintomas de terem sido expostas a químicos tóxicos. A OMS exige “acesso livre” ao local para confirmar as suspeitas e para tratar as vítimas.
O regime de Bashar al-Assad é suspeito de ter lançado, no sábado passado, dois ataques químicos sobre a cidade de Douma, no enclave de Ghouta Oriental, que fizeram pelo menos 70 mortos, segundo a contabilidade da OMS. Tanto Damasco como os seus aliados desmentem as acusações.
Agora, de acordo com um comunicado citado pela BBC, a OMS diz que as organizações no terreno que prestam apoio médico garantem que pelo menos 500 pessoas apresentaram sintomas como dificuldade em respirar, irritação das membranas mucosas ou ruptura do sistema nervoso central. Todos eles são sinais de exposição a químicos tóxicos que terão sido libertados durante os bombardeamentos de sábado.
“A OMS exige imediato acesso livre à área para providenciar cuidados àqueles afectados, avaliar os impactos na saúde, e fornecer uma resposta abrangente de saúde pública”, diz o comunicado.
O comunicado refere ainda, citando relatos no local, que 43 das mortes registadas foram "relacionadas com sintomas consistentes com a exposição a químicos altamente tóxicos".
Vários países prometeram responder ao ataque químico atribuído ao regime de Assad. De acordo com as últimas informações, estará a formar-se uma coligação – com França, Reino Unido, Arábia Saudita e Estados Unidos – para uma retaliação concertada.