Vereador assassinado a tiro uma semana depois da morte de Marielle Franco

Polícia investiga eventual crime político neste caso.

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O estado do Rio de Janeiro está desde há um mês sob intervenção federal (por decisão do Presidente Michel Temer), tendo a segurança pública sido entregue ao exército EPA/Marcelo Sayão

Um vereador suplente foi morto nesta terça-feira em Magé, município da região metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil, uma semana depois da morte da vereadora Marielle Franco num tiroteio, anunciaram hoje fontes oficiais.

De acordo com a Polícia Militar, Paulo Henrique Dourado Teixeira estava no carro quando foi atingido por vários tiros que causaram a sua morte. Uma outra pessoa que o acompanhava no carro sofreu ferimentos ligeiros.

O Comissário Evaristo Magalhães, da divisão de homicídios da Baixada Fluminense, disse que, embora a informação ainda seja preliminar, uma das linhas de investigação é crime político.

Paulo Teixeira foi nomeado para o Conselho em 2016 pelo Partido Trabalhista do Brasil (PTB) na lista do deputado regional Renato Cozzolino. Recebeu 536 votos e era vereador suplente em Magé.

O crime ocorreu uma semana após a morte, no centro do Rio de Janeiro, da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, situação que causou uma forte contestação no Brasil e em diversos países, com manifestações a apelarem ao fim da violência.

Marielle Franco, uma crítica da intervenção militar na segurança no Rio de Janeiro e caracterizada pelo seu activismo como defensora dos direitos humanos, tinha condenado a violência policial um dia antes do crime.

O estado do Rio de Janeiro está desde há um mês sob intervenção federal (por decisão do Presidente Michel Temer), tendo a segurança pública sido entregue ao exército. Esta decisão implica a mobilização e destacamento de militares nas ruas da cidade como forma de manter a ordem pública.