Com a semana de moda de Paris termina mais uma temporada de apresentações, desta vez, da estação Outono/Inverno 2018. Assim acaba o mês, que começou em Nova Iorque e passou depois por Londres e Milão.
Chanel transportou os convidados para um bosque outonal
No último dia de desfiles da semana da moda de Paris, o criador virou-se para a natureza, transformando o imponente Grand Palais num bosque outonal. Interpretando de forma literal a estação da colecção (Outono/Inverno 2018), Lagerfeld alinhou árvores despidas na passerelle e cobriu o chão com folhas. Ao todo, desfilaram 80 coordenados, maioritariamente em tons escuros e neutros, com alguns laivos de cor aqui e acolá e a inevitável presença do clássico tweed Chanel. A portuguesa Maria Miguel desfilou pela primeira vez para a maison francesa, depois de na última estação ter aberto o desfile Saint Laurent, com a Torre Eiffel como pano de fundo.
Dior e o female empowerment
A colecção desta estação teve como inspiração o 50.º aniversário dos protestos dos estudantes em Paris, em 1968. Depois de ver uma exposição sobre os eventos, Maria Grazia Chiuri interrogou-se sobre o que estaria a Dior a fazer então. Foi assim que descobriu uma fotografia a preto e branco de uma jovem a protestar à porta da Dior, porque não tinham minissaias suficientes no interior, conta a Vogue. A directora criativa da marca – que tem abordado temas feministas nas últimas estações – apresentou uma colecção rica em patchworks e xadrez. Pela passerelle desfilava ora um fato completo, ora uma modelo de sutiã com um top de rede transparente. "Esta expressão da feminilidade sem desculpas faz transparecer perfeitamente o espírito da [colecção de] Dior Outono/Inverno 2018", lê-se no Instagram da marca. Só ficaram a faltar as minissaias.
Elle Fanning abre e fecha o desfile Miu Miu
Não é todos os dias que actrizes como Elle Fanning pisam a passerelle. A actriz norte-americana de 19 anos abriu e fechou o desfile de Miu Miu. Em concordância com o tema dos anos 1950 e 1960, Fanning apareceu com um penteado alto, primeiro com um sobretudo castanho e um lenço de pescoço azul e depois com outro casaco de fazenda espinhada e pele. Não houve certamente falta de caras conhecidas na passerelle, desde Kaia Gerber a Georgia May Jagger (filha de Mick Jagger), passando por Adwoa Aboah e Slick Woods.
Balmain dos anos 2050
Ao contrário de outros criadores que olharam para o passado em busca de inspiração para esta temporada, o jovem Olivier Rousteing viajou no tempo até 2050 e imaginou uma colecção futurista, com materiais como o PVC, lantejoulas com um efeito holográfico e plissados. Em várias peças, o preto entrelaçava com um ou mais tons de néon. "Somos a nova geração", lia-se numa das t-shirts do "Bailmain Army" (exército Balmain, em português), como costuma ser conhecido.
Saint Laurent e a Torre Eiffel
Na sua segunda colecção para a Saint Laurent, Anthony Vacarello voltou a fazer a apresentação com a Torre Eiffel como pano de fundo. Além dos calções de pele, minivestidos e casacos pretos, mostrou ainda uma série de vestidos florais com cores invernosas. A enorme quantidade de vestidos e calções curtos desviam, inevitavelmente, o olho para as botas com uma grande fivela, que a Vogue anunciou em antecipação como fortes concorrentes a "bota da estação [de Inverno 2018]". A modelo Maria Miguel, que na estação passada fez a sua grande entrada no mundo da moda desfilando em exclusivo para a marca, voltou a pisar a passerelle.
