Cinco cidades alemãs recusam testar transportes públicos gratuitos

Responsáveis camarários não querem financiar os custos do serviço.

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Alerta de poluição em Estugarda RONALD WITTEK/EPA

Ter transportes públicos gratuitos como modo de levar cada vez menos pessoas a usar o carro a diesel era a ideia a ser testada em cinco cidades alemãs – mas esta possibilidade parece cada vez mais improvável.

A proposta do Governo federal foi discutida com as cinco cidades seleccionadas como “cidades modelo para o controlo da poluição do ar” e que testariam a ideia – Bona e Essen, na Renânia do Norte-Vestefália, por um lado, e Mannheim, Reutlingen e Herrenberg, em Baden-Württemberg, por outro.

No entanto, nenhuma das cinco cidades quis testar os transportes públicos gratuitos. Esta ideia é “irrealista” e acarreta enormes custos, defendeu o presidente da câmara de Bona, Ashok Sridharan, à saída de uma reunião com a ministra do Ambiente, Barbara Hendricks, esta segunda-feira.

O presidente da câmara de Essen, Thomas Kufen, disse, pelo seu lado, que a própria indústria automóvel é quem deveria custear as medidas para diminuir a utilização dos carros a diesel – tentar fazê-lo através dos transportes públicos gratuitos “significa que outros é que têm de pagar”.

As cinco cidades irão agora fazer propostas de outras medidas para reduzir a poluição do ar. A reunião foi antes da decisão do tribunal administrativo sobre a proibição de entrada de veículos a diesel nas cidades, mas os autarcas também declinaram considerar esta proibição.

Um porta-voz do Ministério do Ambiente disse, no entanto, que o Governo ainda não desistiu de testar a gratuitidade dos transportes. Esta ideia já foi experimentada em Talin, capital da Estónia, que tem transportes públicos gratuitos para residentes desde 2013.

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