Autoridades da Catalunha não foram cumprimentar Felipe VI

Autarca de Barcelona e o presidente do parlamento catalão recusaram marcar presença na recepção ao rei para a abertura oficial do Mobile World Congress. Nas ruas, centenas de pessoas manifestaram-se contra a presença do monarca.

Centenas de pessoas manifestaram-se, mas a polícia catalã impediu que se aproximassem do local do evento
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Centenas de pessoas manifestaram-se, mas a polícia catalã impediu que se aproximassem do local do evento LUSA/ENRIC FONTCUBERTA
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O Rei esteve com a Ada Colau e Roger Torrent durante o jantar que marcou o início do MWC
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O Rei esteve com a Ada Colau e Roger Torrent durante o jantar que marcou o início do MWC LUSA/CESAR PORRAS / SPANISH GOVERNMENT PRESIDENCY / HANDOUT

Pela primeira vez desde o início do processo independentista, o Rei Felipe VI de Espanha visitou a Catalunha para comparecer ao Mobile World Congress (MWC), a maior feira mundial de telecomunicações, que se realiza em Barcelona. A presença do monarca gerou manifestações e a autarca da capital catalã e o presidente do parlamento regional não compareceram aos tradicionais cumprimentos aquando da chegada do chefe de Estado para o início oficial do evento.

Num discurso realizado neste domingo, Felipe evitou referir a crise política indiciado com o processo independentista, mas enalteceu o MWC, referindo que o evento é possível apenas com a colaboração entre Governo espanhol, a Generalitat e a autarquia de Barcelona.

Mas o que ganhou destaque foi a ausência de Ada Colau, presidente da câmara de Barcelona, e Roger Torrent, presidente do parlamento catalão, durante os cumprimentos à chegada do Rei — apesar disso, e de acordo com o que foi noticiado, ao jantar, e em privado, Colau e Felipe encontraram-se e tiveram uma conversa descrita como "franca". A atitude de protesto foi duramente criticada por Madrid, que a qualificou de “irresponsável e sectária”.

Já nesta segunda-feira, e em declarações à rádio catalã RAC1, Colau admitiu que a sua ausência na chegada de Felipe na abertura oficial do MWC seria uma posição forte mas “necessária”. “Era necessário fazer um gesto político”, explicou.

Durante o discurso do monarca, na rua, centenas de pessoas reuniram-se para protestar contra a presença do Rei. De acordo com o que relata a comunicação social espanhola, os Mossos d’Esquadra, a polícia catalã, teve de montar um perímetro de segurança para impedir que os manifestantes se aproximassem do local onde decorrer o MWC. Quando a delegação de Felipe VI passou pela zona da manifestação em direcção ao evento foram bem audíveis os apitos e as já famosas caceroladas, com pessoas a bater tachos e panelas.

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