Cerca de 40 mil funcionários públicos receberam em Janeiro e Fevereiro o acréscimo salarial resultante do descongelamento das progressões na carreira. O número foi adiantado pelo Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) no final da reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Fátima Fonseca, que decorreu nesta segunda-feira à tarde no Ministério das Finanças.

Maria Helena Rodrigues, dirigente do STE, acrescentou que estes trabalhadores eram oriundos de 125 serviços e que se trata de um número “diminuto”.

A dirigente do STE acredita que só no segundo trimestre haverá números mais significativos.

O Governo, adiantou ainda Maria Helena Rodrigues, justifica os atrasos com o facto de os sistemas informáticos não estarem preparados para o descongelamento. “Quando foi para cortar os salários e para congelar as carreiras os sistemas programaram-se muito rapidamente”, lamenta a dirigente.

Os dados avançados pela secretária de Estado ao STE não permitem saber qual o peso destes 40 mil trabalhadores no total de funcionários que em Janeiro reuniam as condições para progredir (terem acumulado dez pontos na avaliação de desempenho) e ainda não o fizeram. 

O Governo descongelou as progressões obrigatórias com efeitos a 1 de Janeiro e espera abranger 80% dos funcionários públicos ao longo deste ano. O aumento decorrente da progressão será pago em quatro momentos diferentes.

A ronda de reuniões continua com a Federação de Sindicatos de Administração Pública (Fesap) e com a Frente Comum.