No final da semana, a L’Oréal anunciou que a primeira mulher de hijab ia participar numa campanha da marca para produtos do cabelo e a escolha recaira sobre a blogger britânica Amena Khan. Esta revelou-se feliz pela escolha da marca e considerou-a uma aitude de mudança. Mas, na segunda-feira, Amena Khan renunciou ao contrato. Em causa, declarações suas de 2014.
Então, a blogger e modelo partilhou tweets em que expressava uma atitude “anti-Israel”. Estas publicações, que foram descobertas pelo The Daily Mail, foram eliminadas e retratavam Israel como um Estado “ilegal” e “sinistro”.
Esta segunda-feira, numa publicação partilhada no Instagram, a blogger explicou que decidiu eliminar os tweets, já que estes não estavam de acordo com a “mensagem de harmonia” que pretende transmitir e lamentou a mágoa que o conteúdo daqueles tweets causou.
“Agradecemos que Amena tenha pedido desculpa pelo conteúdo dos tweets e pela mágoa que causaram. A L’Oréal Paris está empenhada na tolerância e no respeito por todas as pessoas. Concordamos com a decisão de Amena em sair da campanha”, declarou um porta-voz da L’Oréal Paris à BBC.
Algo semelhante já tinha acontecido, quando a L’Oréal desistiu de ter a modelo transexual Munroe Bergdorf numa campanha, depois de também o Daily Mail ter encontrado uma publicação de Munroe Bergdorf no Facebook sobre os protestos em Charlottesville, nos EUA, onde uma pessoa morreu. “Sinceramente, não tenho energia para falar sobre a violência racial dos brancos. Sim TODOS os brancos... Porque a maioria de vós nem sequer vai perceber ou vai recusar-se a reconhecer que a vossa existência, privilégio e sucesso como raça é construída sobre as costas, o sangue e a morte de pessoas de cor”, escreveu então Munroe Bergdorf.
Depois da publicação ter sido revelada, a L’Oréal anunciou publicamente que Bergdorf já não iria fazer parte da campanha.