Aberto na Primavera deste ano, o Tivoli Spa Liberdade é um dos segredos mais bem guardados deste segmento de glamour e bem-estar de Lisboa. Conhecê-lo proporciona uma experiência intemporal, refinada e elegante, um convite a afastar o stress e a tensão corporal do dia-a-dia através de uma fuga sensorial completa.
A aposta no conceito day spa abre-se não apenas aos clientes deste hotel de cinco estrelas, mas também ao exterior, com uma combinação de técnicas inovadoras com terapias holísticas em tratamentos rejuvenescedores e massagens relaxantes. O menu aposta em duas linhas específicas, uma para o corpo e outra para o rosto, ambas com ofertas exclusivas a nível de rituais e produtos, numa atmosfera acolhedora, com tratamentos que acalmam os sentidos, realizados por experientes terapeutas de spa.
“O nosso forte é mesmo uma boa massagem, para garantir que os clientes saem daqui muito satisfeitos. A isto junta-se a nossa gama de produtos para rosto, da marca Biologique Recherche, que em Portugal só estão disponíveis nos Hotéis Tivoli da Avenida da Liberdade e de Seteais”, explica Lúcia Cunha, a responsável pelos dois novos spas desta cadeia hoteleira. Trata-se de uma marca muito conceituada, só usada em hotéis de elite como os Four Seasons, Península ou os Ritz Carlton, acrescenta.
Lúcia Cunha trabalhava com esta marca no Four Seasons Geneve e por essa via conhece o CEO, que lhe proporcionou que trouxesse esta marca exclusiva para Portugal. “É a marca da Sharon Stone, do Brad Pitt e que a Madonna usava antes de ter a sua própria linha”, conta a gestora hoteleira, confessando a sua ambição: “O que quero em Lisboa é ajudar as mulheres a ficarem mais bonitas, porque quem fizer este ritual de beleza uma vez por mês, ou de dois em dois meses, vai notar como o rosto fica transformado, é como parar no tempo”, garante.
A linha de tratamentos do corpo inclui viagens sensoriais com assinatura. A massagem Tivoli Fusion de 90 minutos que fizemos foi desenvolvida pela própria Lúcia Cunha com Santoshi, uma terapeuta indiana que deu apoio à abertura do spa. “Quando eu estava a testar os terapeutas, a Santoshi estava comigo e eu indicava quais os movimentos que tinha gostado mais. Ela fez um mix de tudo o que eu gosto, e fez um tratamento único que foi de tal maneira bem recebido pela training manager do grupo que vai ser o tratamento de assinatura em todos os Tivoli Spa”, revela.
Rituais holísticos
A massagem começa com o ritual dos pés, numa abordagem oriental em que o cliente é convidado a sentar-se confortavelmente, toma água com limão e hortelã, enquanto a terapeuta lhe lava delicadamente os pés e pergunta-lhe como se sente, como gostaria de se sentir, se tem alguma dor ou algum ponto onde gostaria de focar mais, para que possa adaptar os protocolos às necessidades de cada um. “A personalização é a chave, cada pessoa gosta de ser tratada pelo seu nome e gosta que as suas preferências e necessidades sejam tidas em consideração”, sublinha Lúcia Cunha.
Passamos à marquesa e a terapeuta inicia o ritual que nos transporta para outras geografias. A música suave, a luz regulada a nosso gosto, as flores que flutuam na taça colocada por baixo dos nossos olhos, os aromas delicados dos óleos e bálsamos, o toque iniciático da sineta, tudo prepara o corpo e o espírito para nos entregarmos às mãos suaves e firmes da profissional.
Começa então uma esfoliação às costas, uma parte do corpo onde normalmente não chegamos, seguida da aplicação de uma máscara de gengibre que vai trabalhar ao nível do inflamatório e do relaxamento muscular. A massagem segue então por outros caminhos: ombros, pescoço, braços, pernas. É perceptível como, no final do manuseamento de cada membro, a tensão se liberta pelas pontas dos dedos e nos sentimos mais leves e mais longos.
“A eleição de óleos Zen de assinatura Tivoli, combinados com movimentos únicos, estimulam a circulação e promovem um relaxamento profundo, enquanto restauram o fluxo de energia ao longo das linhas meridianas”, lê-se no menu de tratamentos sobre esta massagem, destinada a dar energia e vitalidade, tonificando o corpo, limpando-o das toxinas e melhorando o funcionamento linfático.
A Fusion é um dos dez tratamentos de corpo do menu deste spa, a que se juntam quatro de rosto e sugestões adicionais de corpo e rosto, como massagens de cabeça ou de pés, um tratamento regenerante para olhos ou uma esfoliação corporal. Qualquer um deles é passível de ser oferecido como presente a quem se quer bem, e foi a pensar nisso que a gestora criou um objecto artístico intitulado “A very personal Christmas tale”, uma surpresa que não queremos desvendar.
À qualidade dos tratamentos junta-se a elegância e distinção do espaço em madeira e mármore, elegantemente decorado com apontamentos recolhidos na mundividência de Lúcia Cunha. O spa possui seis luxuosas salas de tratamento – duas das quais suítes para casais, todas com wc privativo –, uma sala de duche Vichy, sauna, ginásio e cacifos.
Para tirar partido desta conjugação de factores, está agora a ser criado The Shape Club, um clube selectivo para cerca de cem sócios que propõe uma sinergia entre o ginásio e o spa. Assumidamente elitista, este clube vai dispor de uma equipa de personal trainners exclusivamente para os sócios, a quem se promete que serão “muito mimados”. “Vai dar muito que falar em Lisboa”, garante Lúcia Cunha.
Uma vida dedicada ao bem-estar
Lúcia Cunha formou-se em gestão hoteleira e cedo seguiu para a Tailândia, para se especializar em spa no Chiva-Som, um resort de saúde de luxo que combina standards internacionais com a hospitalidade e sabedoria tailandesa para oferecer programas de bem-estar personalizados.
Voltou quando a Six Senses Hotels Resorts Spas veio para Portugal e foi trabalhar para o hotel da Penha Longa, em Sintra, onde esteve dois anos e meio. Promovida, foi transferida para Barcelona, onde esteve mais dois anos antes de regressar a Portugal, desta vez a convite da Amorim Turismo, como responsável dos spas dos seus três hotéis de cinco estrelas.
Mais tarde, a Ritz Carlton levou-a para a China. Esteve quatro anos em Xangai, onde foi responsável pelos spas da cadeia na região da Ásia-Pacífico e pela abertura de novos complexos. “Viajei bastante, fiz duas aberturas em Bali, uma em Macau, aprendi mandarim para poder comunicar”, conta, quase esquecendo que ganhou o prémio de melhor spa da China durante aquele período.
Apesar de pensar que Xangai representa um modelo de cidade do futuro, as saudades da Europa apertaram e Lúcia rumou ao Four Seasons em Genebra, onde esteve mais um ano e meio. Foi ali que o Tivoli a foi buscar no ano passado, para abrir o primeiro Tivoli Spa em Lisboa. “Vim no Natal, estavam uns dias lindos de sol e bateu a saudade. O sol de Lisboa derreteu o meu coração e eu voltei, e estou muito feliz”, diz. E assumidamente orgulhosa dos dois spas que dirige, o da Avenida da Liberdade, em Lisboa, e o do Palácio de Seteais, em Sintra.
A Fugas fez a massagem a convite do Hotel Tivoli