Bonecos de Estremoz são Património Cultural Imaterial

Na área de Património Cultural e Imaterial da Humanidade estavam inicialmente a concorrer 49 candidaturas, das quais 35 foram aprovadas.

Fotogaleria
A classificação da "Produção de Figurado em Barro de Estremoz", vulgarmente conhecida como "Bonecos de Estremoz", foi decidida na 12.ª Reunião da UNESCO LUSA/NUNO VEIGA
Fotogaleria
O artesão Afonso Ginja e a mulher produzem artesanalmente os bonecos de Estremoz no seu atelier/loja no centro histórico da cidade LUSA/NUNO VEIGA
Fotogaleria
O director do Museu Municipal de Estremoz e responsável técnico da candidatura da arte da feitura dos bonecos de Estremoz a património da Unesco, Hugo Guerreiro, junto a figuras em exposição no museu LUSA/NUNO VEIGA
Fotogaleria
Várias figuras conhecidas como "O amor é cego", que são das mais conhecidas dos bonecos de Estremoz LUSA/NUNO VEIGA
Fotogaleria
Uma figura dos bonecos de Estremoz chamado "O amor é cego" LUSA/NUNO VEIGA
Fotogaleria
Um presépio ainda por pintar, no atelier das "Irmãs Flores", que se dedicam à produção artesanal dos conhecidos "Bonecos de Estremoz LUSA/NUNO VEIGA
Fotogaleria
As irmãs, Perpétua (esq.) e Maria Inácia Fonseca (dta.) produzem artesanalmente há mais quase 50 anos os conhecidos bonecos LUSA/NUNO VEIGA
Fotogaleria
Figuras antigas dos bonecos em exposição no Museu Municipal de Estremoz LUSA/NUNO VEIGA
Fotogaleria
A classificação da "Produção de Figurado em Barro de Estremoz", vulgarmente conhecida como "Bonecos de Estremoz", foi decidida na 12.ª Reunião da UNESCO LUSA/NUNO VEIGA
Fotogaleria
A artesã Maria Inácia Fonseca LUSA/NUNO VEIGA
Fotogaleria
Presépios feitos com "Bonecos de Estremoz", Museu Municipal de Estremoz, em Estremoz LUSA/NUNO VEIGA
Fotogaleria
Figuras dos bonecos de Estremoz, feitas pelo artesão Afonso Ginja, à venda na sua loja no centro histórico de Estremoz LUSA/NUNO VEIGA
Fotogaleria
Figuras dos bonecos de Estremoz LUSA/NUNO VEIGA
Fotogaleria
Figuras dos bonecos de Estremoz LUSA/NUNO VEIGA
Fotogaleria
Figuras dos bonecos de Estremoz LUSA/NUNO VEIGA

A UNESCO classificou nesta quinta-feira como Património Cultural Imaterial da Humanidade a produção dos "Bonecos de Estremoz", em barro, uma arte popular com mais de três séculos.

A classificação da "Produção de Figurado em Barro de Estremoz", vulgarmente conhecida como "Bonecos de Estremoz", foi decidida na 12.ª Reunião do Comité Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO, na sigla em inglês) para Salvaguarda do Património Cultural Imaterial, que decorre na Ilha Jeju, na Coreia do Sul, até sábado.

A decisão, que ocorreu pelas 1h05 (hora de Lisboa), foi bastante celebrada pela comitiva portuguesa que durante os festejos exibiu exemplares de "Bonecos de Estremoz".

Presente na sessão, o embaixador de Portugal na Coreia do Sul, Manuel Gonçalves de Jesus, mostrou-se "bastante satisfeito" com o reconhecimento da UNESCO.

"Foi uma vitória e desta vez nem foi no futebol, foi numa área muito importante que é preservar aquilo que é muito nosso", disse.

O diplomata saudou ainda os responsáveis da candidatura portuguesa, principalmente os artesãos que produzem os "Bonecos de Estremoz".

Na área de Património Cultural e Imaterial da Humanidade estavam inicialmente a concorrer 49 candidaturas, das quais 35 foram aprovadas, tendo no final recolhido parecer negativo 11.

Os "Bonecos de Estremoz" pertencem a uma arte de carácter popular, com mais de 300 anos de história, tendo sido o primeiro figurado do mundo a merecer a distinção de Património Cultural Imaterial da Humanidade, na sequência da candidatura apresentada pela Câmara Municipal de Estremoz, no distrito de Évora.

A candidatura teve como responsável técnico o director do Museu Municipal de Estremoz, Hugo Guerreiro.

Com mais de uma centena de figuras diferentes inventariadas, a arte, a que se dedicam vários artesãos do concelho, consiste na modelação de uma figura em barro cozido, policromado e efectuada manualmente, segundo uma técnica com origem pelo menos no século XVII.

Em Estremoz, trabalham actualmente nesta arte emblemática Afonso e Matilde Ginja, Célia Freitas, Duarte Catela, Fátima Estróia, Irmãs Flores, Isabel Pires, Jorge da Conceição, Miguel Gomes e Ricardo Fonseca.