“Com um beijinho, Assunção” pede ideias aos portugueses para o país
Líder centrista escreveu carta que quer fazer chegar aos eleitores pela sua própria mão ou através dos militantes.
A despedida é de proximidade – “Com um beijinho, Assunção” – e foi esse o tom que a líder do CDS-PP quis imprimir à carta que dirigiu a todos os portugueses. Assunção Cristas pede que lhe enviem ideias e preocupações sobre o país, como forma de preparar o programa do partido para as legislativas.
Na carta a que o PÚBLICO teve acesso, Assunção Cristas dirige-se directamente aos eleitores. “Sabemos que as pessoas sentem muitas vezes um distanciamento da política, mas eu acredito na proximidade, por isso lanço o convite para conversar comigo, para me fazer chegar as suas ideias e as suas preocupações”, lê-se no texto que a líder do CDS quer entregar aos portugueses pela sua própria mão ou através dos militantes do CDS.
A iniciativa é semelhante à que Assunção Cristas lançou, em Fevereiro deste ano, como candidata à Câmara de Lisboa. Também nessa altura pedia aos eleitores para lhe enviarem opiniões e ideias. “Acredito que o futuro do nosso país se faz com a opinião de todos, e gostaria muito de poder contar com a sua opinião e com as suas ideias. É também consigo que podemos encontrar boas soluções”, escreveu na nova missiva, desta vez dirigida a todos os portugueses e na qual os desafia a enviarem opiniões e propostas por email, carta ou através do site do CDS. “Deste lado, estarei com toda a atenção a ler o seu contributo”, promete a líder centrista.
No texto, Assunção Cristas começa por explicar que o partido está a preparar “um projecto alternativo para o país” e que o quer fazer “com tempo, muito antes do período eleitoral”. Lembrando as conferências Ouvir Portugal que o CDS está a promover em todo o país, a líder do CDS defende que “só estando no terreno” se podem encontrar soluções e “oportunidades” para o desenvolvimento de Portugal.
Com um resultado autárquico surpreendente em Lisboa (21%), Assunção Cristas quer replicar a estratégia eleitoral da capital no país. É nesse sentido que o CDS está a promover as conferências Ouvir Portugal no país – à semelhança do Ouvir Lisboa – e que a líder do partido se compromete a andar mais no terreno, tornando menos visível a frente parlamentar.