Uma Thurman está pronta para falar sobre Weinstein: "Não mereces uma bala"
A actriz tinha avisado que ainda estava demasiado zangada para comentar o caso do alegado assédio sexual por parte do produtor de Hollywood.
Quando abordada na passadeira vermelha sobre o escândalo de Harvey Weinstein, em Outubro, a actriz Uma Thurman disse à Access Hollywood que ainda estava demasiado zangada para falar. Mas chegou o momento. Numa mensagem para o Dia de Acção de Graças, a actriz de 47 anos declara também ter sido vítima de assédio sexual, usando o hashtag #metoo, que milhares de mulheres em todo o mundo têm partilhado para contar as suas histórias. E deseja um feliz dia a todos, menos a Harvey e aos seus cúmplices, escreve.
"Sinto que é importante tomarmos o nosso tempo, sermos justos, sermos correctos", começou, acrescentando "por isso, feliz dia de Acção de Graças a todos! (Menos a ti, Harvey e todos os teus conspiradores perversos – estou feliz por isto estar a acontecer a conta-gotas, não mereces uma bala".
Thurman trabalhou directamente com o poderoso produtor de Hollywood em alguns dos projectos que mais marcaram a sua carreira, nomeadamente Kill Bill e Pulp Fiction, do realizador Quentin Tarantino. A actriz não deixou explícito que tenha sido Weinstein o seu agressor, mas escolheu uma fotografia sua com um ar fragilizado enquanto fazia o papel de noiva, no filme de 2003, para ilustrar a publicação.
Quanto aos cúmplices de Weinstein, deixou à interpretação de cada um. Estaria a actriz a referir-se a Quentin Tarantino? O realizador dos filmes em que participou admitiu, em Outubro, que "sabia o suficiente [sobre o comportamento de Weinstein] para fazer mais" do que fez – uma citação bastante mediática, na altura.
Há cerca de um mês, a actriz disse à Access Hollywood que considerava "louváveis" as atitudes das mulheres que vieram a público falar sobre as suas experiências. Agora, acabou a mensagem apelando às pessoas para se "manterem atentas", sugerindo estar a preparar-se para falar mais sobre este tema.
Weinstein foi acusado por várias dezenas de mulheres – incluindo Rose McGowan e Gwyneth Paltrow – de assédio sexual, mas negou todas as acusações. Aceitou, contudo, fazer sessões de terapia.