Durante a Guerra Fria, os espiões da CIA estiveram a fotografar gatinhos em Moscovo
Documentos que estiveram em segredo de Estado durante 50 anos incluem felinos entre as imagens de cerimónias diplomáticas russas.
Moscovo, 1963. Estados Unidos e Rússia são os protagonistas da Guerra Fria. O clima de tensão entre as duas potênciais mundiais sente-se nas disputas ideológicas, económicas e geoestratégicas, no controlo da informação e da contra-informação. Espiões de lado a lado recolhem para os respectivos serviços e agências dados sobre o inimigo. Muitos dos quais permancerão em segredo durante décadas.
É o caso de um conjunto de ficheiros norte-americanos que documentam o que estava para lá da Cortina de Ferro. Estátuas soviéticas, praças e cerimónias diplomáticas acompanhadas com notas escritas pelos espiões norte-americanos. Do registo, destaca-se, no entanto, material pouco "secreto". É que nem os espiões norte-americanos resistiam a imagens de gatinhos. Entre a vastidão de imagens registadas em território russo, incluem-se fotografias de gatos, consideradas como um "segredo de Estado" durante 50 anos.
As imagens estão disponíveis na biblioteca da CIA. A divulgação dos arquivos foi aprovada em 2013, 50 anos depois de terem sido registadas as fotografias e os conteúdos foram partilhados em 2016. O conjunto de fotografias foi recuperado recentemente pela organização sem fins-lucrativos MuckRock, uma organização que reúne trabalhos de jornalistas, investigadores e activistas e analisa e partilha documentos gorvenamentais em nome da transparência política e democracia.
Seja em vídeos "fofinhos", de gatos desastrados, assustados ou habilidosos, os felinos parecem ser irresistíveis. E até o Bin Laden tinha compilações do animal no computador apreendido durante o raide da CIA.