Consulado português de Londres alvo de "fraude"

Augusto Santos Silva abordou o problema durante audição parlamentar.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros denunciou a situação e esforço para terminar a fraude LUSA/TIAGO PETINGA

O ministro dos Negócios Estrangeiros disse nesta quarta-feira no Parlamento que o consulado português em Londres está a ser alvo de um "problema de fraude", com a venda no mercado negro de marcações para atendimento consular.

"Hoje em dia o principal problema no consulado, pelo menos no de Londres, não é um problema de falta de pessoal, mas é um problema de fraude. O que acontece é que o sistema de marcações electrónicas foi tomado de assalto por quem indevidamente bloqueia os tempos de marcação para depois vender no mercado negro essas oportunidades", afirmou Augusto Santos Silva, durante uma audição parlamentar sobre a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2018.

"A nossa acção e da cônsul-geral [em Londres] tem sido de terminar essa fraude, que é o problema principal de funcionamento do consulado de Londres", disse o governante, que respondia a uma pergunta do Bloco de Esquerda sobre se admite reforçar o pessoal nos consulados no Reino Unido, tendo em vista a saída deste país da União Europeia, em Março de 2019.

No capítulo das notícias insólitas, a agência Lusa teve acesso a um documento no qual se explica que os gabinetes dos eurodeputados em Bruxelas estão há seis meses sem água quente para evitar riscos de contaminação com a bactéria Legionella (inofensiva na água fria). Em Abril, altura em que a bactéria foi descoberta, determinou-se o encerramento temporário do circuito de águas quentes, entretanto convertido em definitivo. Em locais como cozinhas foram criadas redes alternativas.