Sismo mata pelo menos 328 pessoas no Irão e faz cerca de 2000 feridos
Abalo de magnitude superior a 7 graus na escala de Richter teve epicentro no lado iraquiano do Curdistão.
Um forte abalo sísmico com uma magnitude estimada entre os 7,2 e os 7,3 graus na escala de Richter atingiu este domingo o Curdistão iraquiano, junto à fronteira com o Irão, 200 quilómetros a nordeste de Bagdad, cerca das 21h18 locais (18h18 em Lisboa).
Ao início da manhã desta segunda-feira, e segundo a agência iraniana ISNA, estavam confirmados 328 mortos e mais de 2500 feridos. As autoridades prevêem que o número possa aumentar quando as equipas de salvamento chegarem a algumas zonas isoladas do Irão. Seis das mortes ocorreram em território Iraque (o sismo foi sentido em Bagdad).
O Crescente Vermelho Iraniano adianta que pelo menos 70 mil pessoas foram afectadas pelo sismo e estão a precisar de abrigo com urgência.
A maioria das vítimas estavam na região de província iraniana de Kermanshah, que anunciou três dias de luto, conta a Reuters. Em Sarpol-e Zahab, em Kermanshah, morreram pelo menos 142 pessoas. O hospital da região ficou danificado, não sendo capaz de garantir assistência médica aos feridos, informou o responsável iraniano pelos serviços de emergência nacionais, Pirhossein Koulivand.
Outras regiões sofreram cortes de energia e estão sem comunicações. O Exército do Irão está a ajudar os serviços de emergência.
Já do lado iraquiano, diz a Reuters, as maiores consequências foram registadas na cidade de Darbandikhan.
Para além do Iraque e do Irão, o sismo também foi sentido noutros países próximos, incluindo Turquia, Israel, Síria, Kuwait, Qatar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, bem como Egipto, Geórgia e Arménia.
O centro sísmico iraniano disse já terem sido registadas cerca de 50 réplicas do sismo e avisa que são esperadas mais.
O responsável turco pela organização humanitária Crescente Vermelho, Kerem Kinik, avançou no Twitter que reuniu mais de três mil tendas e aquecedores e dez mil colchões e cobertores, que irão enviar através da fronteira do Iraque.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou em comunicado que está "profundamente triste pela perda de vida humana e pela destruição" provocadas pelo sismo. Guterres elogia a resposta das equipas de socorro no local e afirma que a ONU está pronta a prestar assistência, se lhes for pedido.