A Deeply quer ser a marca dos “três S”: surf, skate e snowboard

Empresa portuguesa apresentou a nova imagem com o propósito de expandir-se para outros mercados.

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DEEPLY-©CarlosPinto
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A Deeply está de cara lavada. A marca portuguesa, que se tem distinguido por uma aposta no segmento do surf, decidiu avançar com um rebranding e apresenta-se agora com imagem diferente e novos objectivos para os próximos anos: investir no snowboard e no skate, assim como vender para o resto do mundo, são apenas algumas das metas traçadas pela empresa.

Com presença no mercado desde 2004, a Deeply – que pertence ao universo Sonae, tal como o PÚBLICO – quer, nos próximos anos, cimentar a sua pegada no surf, mas também expandir-se para outros desportos. “Quando alargarmos a nossa cultura ao snowboard e ao skate, vamos criar uma comunidade três S’s dentro da Deeply”, explicou o director de marketing, Ricardo Aragão.

Este novo passo é acompanhado por uma nova imagem, que marca a ruptura entre a Deeply vocacionada para os desportos de água e aquela que tem o surf “como o seu ADN”. Para Ricardo Aragão, este rebranding traz mais credibilidade e modernidade à marca, sem descurar a identidade. Para o director de marketing, esta mudança era essencial já que o logotipo, por exemplo, não se enquadrava com os produtos da Deeply. “Como é possível termos um produto equiparado às melhores marcas, mas também com um logo que parece vindo da vela e não do surf?”, questiona.

Para além da nova imagem e do novo posicionamento, a marca anunciou planos para expandir o negócio para diferentes latitudes. A Deeply está presente em mais de 100 lojas da Sport Zone e conta com uma loja online que comercializa em Portugal e Espanha. A empresa quer, no primeiro trimestre do próximo ano, vender para o resto da Europa, mas também levar os produtos a clientes das Américas, Indonésia ou Austrália.

Pertencer à tribo

Com a entrada nestes mercados, e para cimentar a ideia de comunidade, a marca quer promover a interacção entre os agentes das diferentes modalidades. “Vamos ter clientes que fazem surf, skate e snowboard. Queremos garantir interacção entre eles. Queremos criar uma plataforma web da Deeply onde toda a gente pode partilhar as suas experiências. Vão lá estar atletas, clientes e escolas de surf.”

Para Ricardo Aragão, o mercado do surf tem particularidades que o distinguem dos outros. Uma delas é mesmo a comunidade e a ideia de “tribo”. “Uma marca como a Nike tentou entrar no surf, mas acabou por sair. Não entraram com um objectivo puro, mas com um objectivo económico. Nestes desportos [skate, snowboard e surf] há uma tribo e as pessoas percebem se uma marca é genuína”, explica.

A marca nacional tem uma equipa de dez atletas, maioritariamente ligados ao surf, mas também ao bodyboard. Já não são todos portugueses e o número de estrangeiros tem tendência para aumentar. Segundo a Deeply, com o passar do tempo, a “equipa vai ter geografias diferentes”.

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