Incêndios florestais
Os bombeiros nem sempre chegam ao país que arde
Escolas fechadas, estradas cortadas e um céu vermelho que reflecte a tragédia que se vive em todo o país. São 65 incêndios em curso que já provocaram pelo menos 20 mortos.
Escolas fechadas, estradas cortadas e um céu vermelho que reflecte a tragédia que se vive em todo o país. Em algumas aldeias, ainda não se distingue a manhã da noite. Às 6h30 desta segunda-feira, a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) dava conta de 129 incêndios: 16 em resolução e 45 em fase de conclusão. Com os rostos cobertos com camisolas ou t-shirts, os habitantes combatem os incêndios que ameaçam as suas casas, oficinas e fábricas. "Não temos meios suficientes que cheguem a todo o lado. Nem para um terço, quanto mais a todo o lado", disse Paulo Sequeira, comandante dos Bombeiros Voluntários da Guarda, que pediu à população para colaborar activamente no combate aos vários incêndios que lavram no concelho da Guarda, um dos sete distritos em risco "máximo" de incêndio. Entre eles, estão também Faro, Portalegre, Santarém, Castelo Branco, Coimbra e Bragança, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera. À noite, já o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, urgia às comunidades que combatessem as chamas e que fossem mais "proactivas". "Não podemos ficar à espera dos bombeiros para nos resolverem os problemas", disse.