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Salvar as borboletas-monarcas: a fotografia de Rojo anda de mãos dadas com a conservação
Ao longo de 20 anos, o fotógrafo Jaime Rojo documentou a vida e a espectacular migração das borboletas-monarcas. Agora vende as suas fotografias para ajudar a salvar a espécie.
Todos os anos, para escaparem ao Inverno, quatro a cinco gerações de borboletas-monarcas voam cerca de quatro mil quilómetros do Canadá ou EUA com destino ao México, onde permanecem protegidas das baixas temperaturas até à Primavera, altura em que regressam ao norte, num ciclo sem fim que agora se vê comprometido pela crescente desflorestação e pelos efeitos das alterações climáticas. Com a população dessa espécie em franco declínio — a União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) estima um declínio populacional entre 22% e 72% ao longo da última década — há quem recuse baixar os braços e se esforce por garantir que as gerações futuras poderão assistir ao grande espectáculo visual da sua migração.
Jaime Rojo, fotógrafo e “explorador” oficial da revista National Geographic, documenta a vida das borboletas-monarcas há mais de 20 anos e as fotografias da sua série Saving the Monarchs encontram-se agora à venda, até 31 de Janeiro, no site da Vital Impacts, com o objectivo da recolha de fundos para o apoio a duas organizações que se dedicam à conservação dessa espécie de borboleta.
“As [borboletas-]monarcas estão a enfrentar desafios significativos e eu quero fazer os possíveis para ajudar”, refere Rojo num comunicado dirigido ao P3 pela Vital Impacts. Numa palestra sobre o projecto, Jaime Rojo explica que, com o aumento da incidência dos fenómenos climáticos extremos, como secas, inundações, incêndios, com a diminuição da área florestada e a vulgarização do recurso ao glifosato, que mata as flores de que as borboletas-monarcas que se alimentam, as asclépias, as comunidades desse insecto são cada vez menores. “Esta venda de fotografias impressas em papel fine art irá reunir fundos para apoiar os esforços de conservação das ONG Monarch Watch e a FOCEN, duas organizações em que confio profundamente e com que tive o privilégio de colaborar ao longo dos anos”, conclui Rojo.