ICNF tenta retirar raposa da zona de Cabanas

A preocupação do instituto é capturar a raposa que parece estar com uma doença de pele e encaminhá-la para o Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens.

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O Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) informou esta sexta-feira que está "preocupado" com uma raposa que tem sido vista na praia de Cabanas, em Tavira, estando a trabalhar para retirá-la do local e encaminhá-la para tratamento.

Depois de vários relatos e notícias que davam conta de avistamentos de uma raposa na praia algarvia, o ICNF emitiu esta sexta-feira um comunicado a esclarecer que lhe compete, "através do Departamento de Conservação da Natureza e Florestas do Algarve (DCNFALG), a gestão do património natural existente na área" do Parque Natural da Ria Formosa, onde as praias da freguesia de Cabanas se inserem.

"Nessa conformidade, também incumbe ao ICNF a gestão do património natural animal classificado como cinegético", matizou a mesma fonte, sublinhando ser esse o caso desta raposa, que parece estar com uma doença de pele.

O ICNF assegurou que no caso de "existirem prejuízos nas actividades humanas, ou perigo para a saúde pública e outros animais", pode legalmente obter "autorização especial" para controlo dos animais cinegéticos e até recorrer a "meios e processos excepcionais", embora não tenha referido quais.

"A situação da raposa que deambula dentro dos limites do Parque Natural da Ria Formosa, por apresentar um quadro de caquexia e de doença de pele, tanto quanto é possível observar a olho nu, preocupa o ICNF, enquanto entidade com as competências anteriormente referidas, onde se inclui especificamente a gestão do Parque Natural da Ria Formosa.

Mas o ICNF clarificou que a competência de saber qual é o estado de saúde do animal é da "Direcção Regional de Alimentação e Veterinária, através da Veterinária Municipal" de Tavira, e que "compete à Administração Regional de Saúde, através do delegado de saúde local, avaliar o risco existente" para a saúde pública.

O instituto assegurou que, "articulando competências, as várias entidades estão a envidar esforços para que o animal seja retirado do local" com recurso aos "meios e processos que forem entendidos necessários", e manifestou o desejo de que esse objectivo "se concretize o mais rapidamente possível, com as cautelas justificadas".

Quando a raposa for capturada, será "encaminhada para tratamento no quadro possível" no Centro de Recuperação e Investigação de Animais Selvagens (RIAS), que funciona na Quinta de Marim, em Olhão, precisou o ICNF.