Imagine ir a cerca de 200 países (são 196) à procura daquela rua que simboliza uma comunidade inteira. Foi o que fez Jeroen Swolfs, fotógrafo que em 2006, em Chisinau, na Moldávia, começou o projecto Streets of the World.
“É uma compilação baseada numa viagem. Não é uma enciclopédia nem um guia de viagens”, explica o autor, que colocou Portugal todo dentro de uma fotografia tirada na Feira da Ladra, em Lisboa, num soalheiro sábado de manhã. “Antiguidades e roupas em segunda mão. A mulher está confusa com a quantidade. Muito potencial, mas a economia é lenta.”
Uma foto, um mapa, uma curiosidade (neste caso, o Benfica, detentor do recorde do Guinness por ser o clube de futebol com o maior número de adeptos do mundo) e uma legenda da foto que é quase uma sinédoque. “Lisboa é construída em colinas. Esta igreja tem vista sobre o rio Tejo e sobre os muitos crentes num Portugal católico.”
Este “não é mais um livro de fotografia”, sugere Mark Blaisse, que centra o prefácio na importância das ruas para o autor. “Elas são, na verdade, uma das maiores invenções do homem.”