“Ricardo, Ricardo, Ricardo”, gritava uma sala cheia de gente no antigo Hotel Turismo, no centro de Braga, enquanto recebia efusivamente o reeleito presidente da câmara, Ricardo Rio. Num concelho que foi um bastião do PS até há quatro anos, os números históricos do triunfo eleitoral da coligação PSD-CDS-PPM – acima dos 53% – foram recebidos em euforia pelos apoiantes da coligação Juntos por Braga.

Passavam poucos minutos das 23h00 quando Rio se dirigiu às centenas de pessoas que o aguardavam no quartel-general das noites eleitorais do movimento que lidera há 12 anos, sublinhando o sucesso de uma jornada eleitoral em que a coligação concretizou “todos os seus objectivos”. Ganhou mais juntas de freguesia do que há quatros anos, conquistando seis ao PS, incluindo algumas que eram socialistas desde o 25 de Abril de 1974; manteve a maioria na Assembleia Municipal e conseguiu reforçar a votação para a câmara.

Fê-lo, de resto, por números expressivos. Dos 46,71% então alcançados 2013 passa para um resultado acima dos 53% (ainda faltam apurar oficialmente nove freguesias). Desse modo, elege sete vereadores, mais um do que há quatro anos. Esse reforço é conseguido à do PS que tem o seu pior resultado de sempre, não chegando sequer aos 30% dos votos. Ficará, por isso, com apenas três vereadores na Câmara. No executivo deverá continuar a ter assento Carlos Almeida, que era novamente candidato pela CDU.

Há quatro anos, Ricardo Rio foi um dos grandes vencedores da noite eleitoral: quebrou um ciclo de 38 anos de poder ininterrupto do PS em Braga. A saída de cena, imposta pela lei de limitação de mandatos, do histórico Mesquita Machado abriu as portas do poder a este economista, hoje com 44 anos. A câmara bracarense continua a ser a maior câmara do país liderada por um social-democrata.

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