Hugh Hefner, fundador da revista Playboy, morreu aos 91 anos, anunciou nesta quinta-feira a publicação.
Considerado o “profeta do hedonismo pop” pela revista Time, Hefner morreu na sua mansão em Los Angeles, de causas naturais.
O magnata, que construiu um império financeiro e se destacou pelo estilo de vida libertino, ficou associado à revolução sexual dos anos 1960.
Hugh Hefner nasceu em Chicago, a 9 de Abril de 1926, e foi militar dos EUA na II Guerra Mundial. Estudou arte e e psicologia na universidade, antes de se tornar revisor da revista Esquire, de onde saiu por não lhe ter sido dado um aumento de cinco dólares.
E assim lançou a revista Playboy em Dezembro de 1953, tornando-a a revista masculina mais vendida, com sete milhões de cópias por mês nos seus momentos áureos. O primeiro número, produzido na cozinha da casa de Hefner e financiado com 8000 dólares de investidores, incluiu fotos de Marilyn Monroe, tiradas anos antes, e vendeu mais de 50 mil cópias, conta o Guardian.
“Nunca vou crescer”, disse Hefner, numa entrevista à CNN quando tinha 82 anos. “Continuar jovem é tudo para mim. Decidi há muito tempo que a idade realmente não importa desde que as mulheres achem o mesmo.”
A Playboy chegou ao mercado numa data em que os médicos norte-americanos recusavam a pílula a mulheres solteiras e o puritanismo da época ditava que até os casais casados dormissem em camas separadas.
Hefner foi casado três vezes e deixa viúva Crystal Harris, uma antiga Playmate. O casamento foi celebrado na Mansão Playboy. Tinha quatro filhos Christie, David, Marston e Cooper.
Em comunicado, um dos seus filhos, Cooper Hefner, que actualmente lidera a Playboy Enterprises recordou o papel disruptivo de Hugh Hefner, que representava uma publicação que defendia ideias politicamente liberais e sexo recreativo, numa época de forte repressão aos costumes. "O meu pai viveu uma vida excepcional e impactante. Defendeu de alguns dos movimentos sociais e culturais mais importantes do nosso tempo, na defesa da liberdade de expressão, dos direitos civis e da liberdade sexual", lê-se no documento.
"Hefner adoptou uma abordagem progressiva não só para sexualidade e humor, mas também para literatura, política e cultura", destaca a publicação em comunicado.