Bannon: saída de Comey do FBI foi “maior erro da história política moderna”

Apesar da crítica, antigo conselheiro de Donald Trump diz que planeia defender o Presidente.

Foto
Bannon promete continuar a defender Trump no seu site Breitbart KEVIN LAMARQUE/Reuters

Stephen Bannon, o conselheiro de Donald Trump que foi a cara da extrema-direita (alt-right) na Administração norte-americana, criticou o Presidente pela decisão de afastar o então director do FBI, James B. Comey, descrevendo a acção como “o maior erro da história política moderna”.

Na primeira entrevista alargada desde que deixou o seu cargo na Casa Branca, no programa 60 Minutes, da CBS, Bannon foi questionado sobre se tinha descrito ao afastamento de Comey como “o maior erro da história política”. Bannon respondeu: “Isso seria provavelmente demasiado bombástico, mesmo para mim”, mas quando questionado se seria o maior erro da história política moderna, disse que sim.

Porque se Comey não tivesse sido despedido, a investigação do Departamento de Justiça a possíveis ligações entre a campanha de Trump e a interferência da Rússia nas eleições não estariam nas mãos do procurador especial Robert S. Mueller e com “a extensão que ele neste momento está a procurar”.

Apesar da crítica, Bannon declarou que a sua saída não quer dizer que deixe de apoiar o Presidente, agora no seu site Breitbart. Bannon deixou o seu cargo na Administração a 18 de Agosto após um ano com Trump, primeiro como responsável pela campanha e depois como chefe de estratégia e conselheiro da Casa Branca. No dia em que saiu, voltou ao seu papel na liderança do Breitbart.

“O nosso objectivo é apoiar Donald Trump”, declarou agora Bannon, dizendo ainda que está agora mais livre para “levar o combate” mais longe do que poderia fazer “enquanto conselheiro do Presidente e empregado do Governo federal”.

O combate de que fala é contra alguns republicanos, que “não querem que a agenda populista e nacionalista em termos económicos seja concretizada”, disse Bannon.

E prevê que “se tudo seguir a sua conclusão lógica, em Fevereiro e Março haverá uma guerra civil dentro do Partido Republicano”.

Sugerir correcção
Comentar