Oracle também terá pago viagens a altos quadros do Estado

Jornal Observador revela que a empresa também pagou viagens aos Estados Unidos, em 2014, a altos funcionários do Estado.

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Reuters

Os casos de viagens de altos quadros do Estado ao estrangeiro pagas por empresas continua a fazer correr tinta. Esta segunda-feira, o ministro da Saúde disse que ia decidir pela demissão ou não dos funcionários do Ministério da Saúde que foram até à China para uma visita de trabalho à Huawei, que terá sido, afinal paga pela Nos, segundo revelou o Eco. Um dia depois, conhece-se mais um caso. O jornal Observador revela que vários funcionários de diferentes ministérios foram aos Estados Unidos a convite da empresa Oracle.

De acordo com o Observador, em 2014, cinco funcionários do Estado participaram num evento da empresa em São Francisco, com viagens e despesas pagas quer pela Oracle como por parceiros. O jornal conta que são funcionários dos ministérios da Segurança Social, das Finanças, da Administração Interna e da Saúde.

Este é já o terceiro caso conhecido de empresas que pagaram viajens a políticos ou funcionários do Estado. O primeiro foi revelado no ano passado pela revista Sábado e contava que três secretários de Estado e vários deputados tinham ido ver jogos do Euro 2016 a França, com viagens pagas pela Galp. O Ministério Público está a investigar o caso, que acabou por provocar a demissão dos secretários de Estado em Julho deste ano.

Já este ano, o jornal Observador revelou que o deputado Sérgio Azevedo, do PSD, tinha ido à China, com a viagem paga pela empresa Huawei. A este caso, seguiu-se a revelação este sábado pelo Expresso, que vários dirigentes do Ministério da Saúde tinham também ido à China.

Este caso teve desenvolvimentos esta segunda-feira. Numa nota enviada à imprensa, o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, confirmou que os dirigentes envolvidos no caso colocaram o lugar à disposição, “em particular os senhores presidente e vogal do Conselho de Administração da SPMS [Serviços Partilhados do Ministério da Saúde]. O caso está agora dependente de uma investigação de um inquérito da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS).

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