Projecto sobre história das sementes na Península Ibérica recebe 1,5 milhões de euros

Financiamento atribuído a cientista portuguesa pelo Conselho Europeu para a Investigação.

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Milho, uma das culturas que vieram do Novo Mundo ADRIANO MIRANDA

Um projecto sobre a disseminação de sementes na Península Ibérica, do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, vai receber 1,5 milhões de euros do Conselho Europeu para a Investigação (ERC, na sigla em inglês).

O estudo é sobre a introdução, circulação e cultivo de sementes na Península Ibérica (1750-1950), coordenado pela investigadora Dulce Freire, segundo um comunicado divulgado esta quinta-feira pelo Instituto de Ciências Sociais, que recebe financiamento daquela organização europeia pela quarta vez. Dulce Freire é investigadora auxiliar do Instituto de Ciências Sociais e tem investigado temáticas de história rural e agrária em contextos portugueses e ibéricos.

Com o trabalho pretende-se perceber como é que as sementes do Novo Mundo se disseminaram pela Península Ibérica e avaliar os impactos nas agriculturas e culinárias regionais. Pelas ligações aos territórios coloniais, a Península Ibérica “foi um enorme laboratório, onde agricultores e cientistas fizeram muitas das experiências que transformaram as agriculturas europeias”, refere o comunicado.

Os dados vão permitir construir mapas digitais, mostrando as mudanças na geografia de distribuição dos produtos agrícolas, e identificar as inovações regionais que tornaram novas sementes, como as do milho, feijão ou batata, produtivas.