Mais de cem incêndios e quase todos os distritos do país em alerta vermelho
Fogo em Gavião dado como dominado, mas ainda sob atenção especial.
Os incêndios rurais continuaram neste sábado a lavrar em Portugal, segundo dia em que cerca de 155 concelhos estão sob a declaração de calamidade pública, com efeitos preventivos, activada às 14h de sexta-feira e que se prolonga até às 24h de segunda-feira.
Também neste sábado, devido à subida da temperatura e baixa humidade no ar, quase todos os distritos do país foram colocados em alerta máximo (vermelho) de risco incêndios pela Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). As excepções são apenas os distritos de Évora, Setúbal e Lisboa, que continuem em alerta laranja.
Ao longo do dia, cerca de 3000 operacionais dos bombeiros, Protecção Civil, militares das Forças Armadas, GNR e PSP combateram perto de 108 incêndios entre a meia-noite e as 19h com mais 810 meios terrestres e 29 meios aéreos.
Quatro desses incêndios eram ainda considerados graves pela ANPC ao final do dia (20h): Vila Nova de Paiva, distrito de Viseu; Gavião, Portalegre (que às 19h era dado como dominado, mas ainda sob atenção especial); Mação, Santarém, e Covilhã, Castelo Branco.
Por esta hora, existiam seis Incêndios em curso, oito em resolução e 60 em conclusão combatidos por 2908 meios humanos, 804 meios terrestres e 26 meios aéreos.
Na conferência das 19h, Patrícia Gaspar, da ANPC, fez também o balanço do número de feridos nos incêndios rurais. Segundo o INEM, 103 pessoas ficaram feridas - destes 95 são ligeiros e oito graves mas nenhum corre risco de vida -, mas 71 foram assistidas nos diferentes teatros de operações, não tendo necessitado de tratamento hospitalar.
Patrícia Gaspar explicou que as condições meteorológicas se vão manter “desfavoráveis”, havendo tempo quente e seco, pelo que pede que haja “comportamentos adequados junto às áreas florestais”.