Novo Hospital de Lisboa Oriental abre até 2024 com lugar para 875 camas

A construção do Hospital de Lisboa Oriental terá início em Janeiro de 2020. Vai ficar com a maioria da actividade clínica de seis unidades actualmente em funcionamento.

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Nuno Ferreira Santos

O novo Hospital de Lisboa Oriental será em Marvila, entre as estações de metro da Belavista e de Chelas. Será construído entre Janeiro de 2020 e Dezembro de 2022, data indicada para a conclusão da obra. Terá capacidade correspondente a 875 camas. E sua construção será assegurada por uma Parceria Público-Privada (PPP). Deverá abrir as portas até 2024. O procedimento envolve a abertura de um concurso público internacional, sem pré-qualificação, que será lançado no início do segundo semestre deste ano.

A apresentação preliminar do projecto de PPP para a construção do Hospital de Lisboa Oriental decorreu nesta terça-feira, no Infarmed, em Lisboa, e foi feita por Vítor Almeida, ex-presidente do conselho directivo da Administração-Geral Tributária e ex-Inspector-geral das Finanças,  presidente da equipa que preparou e lançou o projecto do Hospital de Lisboa Oriental.

O projecto tem vindo a ser analisado ao longo dos anos (está previsto desde 2007, mas acabou por nunca avançar), terá um prazo contratual da parceria público-privada de 30 anos, dos quais três serão dedicados à construção do mesmo.

No concurso público internacional serão apresentadas propostas, das quais serão seleccionadas entre duas a três para uma fase de negociação, que decorrerá em Maio de 2019, na qual serão apontadas possíveis melhorias a estas.

O concorrente com a proposta vencedora deverá desenvolver estudos e projectos que integram uma proposta final.

A construção de um novo centro hospitalar significa que Lisboa terá três principais centros hospitalares, ao juntar-se ao Centro Hospitalar de Lisboa Norte e ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. O Centro Hospitalar de Lisboa Oriental irá integrar o Hospital São José, Curry Cabral, Capuchos, Dona Estefânia, Santa Marta e a Maternidade Alfredo da Costa (MAC). O hospital deverá ficar com a maioria da actividade clínica destas seis unidades, explicou Vítor Almeida.

Há um mês, numa entrevista à Lusa, o ministro da Saúde Adalberto Campos Fernandes afirmou que "uma parte do São José ficará como hospital de proximidade, para servir aquela população mais idosa e que beneficiará muito de estar nos bairros antigos à volta" desta unidade de saúde.

Em relação ao Hospital Dona Estefânia, é ideia deste Governo "consagrar aquele espaço, em parceria com a Câmara Municipal de Lisboa, a uma fruição de funções relacionadas com a criança e a adolescência". Para o edifício da MAC, que continuará a manter a sua identidade e marca e passará a integrar uma grande unidade materno-infantil no novo Hospital Oriental de Lisboa, ainda não existem planos, segundo o ministro afirmou na altura.

De acordo com a Lusa, na altura da entrevista ao ministro, o futuro Hospital Oriental de Lisboa terá um custo de 500 milhões de euros.

Texto editado por Andreia Sanches

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