Processo de construção do Hospital de Lisboa Oriental vai ser todo revisto

No final da cerimónia de entrega dos Prémios do Hospital do Futuro, Paulo Macedo falou aos jornalistas sobre a construção do futuro centro hospitalar de Lisboa oriental, o “único investimento significativo” anunciado neste Orçamento do Estado, mas cujas condições terão que ser revistas.

“Conseguimos retomar o projecto na medida em que o Ministério das Finanças disponibilizará as garantias necessárias à obtenção do financiamento”, que parcialmente seria obtido através do Banco Europeu de Investimento.

O que a tutela terá agora de fazer é rever todo o processo, nomeadamente se as condições de financiamento se mantêm.

“Há duas coisas que se combinam e nos levam a querer retomar este dossier: é bom para as pessoas e não encarece a despesa do Estado, obtém-se melhor qualidade com alguma redução de custos”, afirmou o ministro.

Quanto à possibilidade de se manter o consórcio da Soares da Costa, inicialmente apontado, Paulo Macedo admitiu que gostaria de não ter que recomeçar este processo todo do zero, mas sublinhou a necessidade de rever as suas condições.

“Teremos que ver legalmente quais as intenções. Esse grupo disse que se mantinha disponível, temos que ver se as condições se mantêm as mesmas, a parte do financiamento, etc…”, acrescentou.

Paulo Macedo garantiu ainda que o sector da saúde “continuará a ser protegido em 2014 e anos seguintes”, negando assim que o corte de quatro mil milhões de euros previstos na despesa (e inicialmente apontados para incidir na saúde, segurança social e educação) abranja esta área.

“O Governo quer manter o Estado Social e o Serviço Nacional de Saúde (SNS) e nesse sentido esta área continuará a ser protegida” e continuará “a ser sempre uma prioridade”.