Jorge Costa Oliveira: o homem da internacionalização

O secretário de Estado da Internacionalização tentou desbloquear o problema angolano, posicionou Portugal na rota da Seda, empregou um filho polémico e ficou a braços com a saída de Miguel Frasquilho da presidência da AICEP

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João Costa Oliveira é amigo próximo de António Costa. Rui Gaudencio

Jorge Costa Oliveira assumiu a pasta da Internacionalização com direito a uma secretaria de Estado, uma medida mais que simbólica no sentido de apostar na vertente da saída das empresas portuguesas para fora de portas, depois do êxodo forçado provocado pela crise interna. E entretanto já com reflexos positivos na balança comercial. 

O amigo de António Costa começou o mandato praticamente com uma polémica em cima da mesa. Foi notícia por ter contratado o filho de um outro amigo de António Costa, o filho de Lacerda Machado. Já mais à frente no seu mandato, não foi tanto uma contratação, mas mais uma saída que voltou a trazer o nome de Jorge Costa Oliveira para a frente das notícias, depois da saída de Miguel Frasquilho da liderança do AICEP, organismo determinante na estratégia de internacionalização das empresas portuguesas.

Em seu lugar, Jorge Costa Oliveira nomeou Luís Castro Henriques, que na tomada de posse, em Abril, prometeu revelar o plano estratégico da entidade, com ligação directa à tutela de Jorge Costa Oliveira.  

Pelo caminho, o secretário de Estado que herdou uma solução pouco conseguida para resolver o problema dos pagamentos de Angola às empresas portuguesas, prometeu uma nova linha de crédito para tentar resolver a crise que afecta milhares de trabalhadores portugueses. 

Entretanto, Jorge Costa Oliveira posicionou-se a favor de uma presença de Portugal no mega projecto comercial da China, já apelidado de "nova rota da Seda", defendendo que Sines possa integrar essa via de comércio global, que foi acolhida com alguma indiferença no resto da Europa e nos Estados Unidos. 

Agora, depois de várias viagens no âmbito das suas competências de promotor da internacionalização do país, Costa Oliveira abandona funções devido à participação numa viagem a Paris, para ver um jogo de futebol da selecção nacional. 

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