Annette Bening preside ao júri do próximo Festival de Veneza

Primeira mulher em 11 anos a ser escolhida para encabeçar o órgão que atribui o Leão de Ouro.

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Reuters

A actriz norte-americana Annette Bening é a próxima presidente do júri internacional do Festival de Veneza, sucedendo assim ao realizador britânico Sam Mendes e tornando-se na primeira mulher em 11 anos a encabeçar o organismo que escolhe os melhores filmes do importante evento de cinema. “Estava na altura de quebrar com uma longa lista de presidentes do sexo masculino e convidar uma mulher brilhante, inspiradora e talentosa para presidir ao nosso júri da competição internacional”, disse o director artístico do festival, Alberto Barbera, em comunicado na manhã desta quarta-feira.

Bening, cujos projectos mais iminentes são a adaptação de A Gaivota, de Tchékhov, por Michael Mayer, ou Life, Itself de Dan Fogelman, sucede também a Catherine Deneuve, que em 2006 fora a última mulher a ocupar o cargo em Veneza. A actriz tem uma carreira “marcada por escolhas sempre interessantes e muitas vezes ousadas”, disse ainda Barbera, e já aceitou presidir ao júri do festival italiano. Destacando o seu “intelecto, estatuto e talento” em Hollywood e no palco,

Numa carreira marcada pelos seus papéis em Beleza Americana ou A Anatomia do Golpe, e com quatro nomeações para Óscar, Benning conta com várias peças no currículo, como Rei Lear de Shakespeare ou Hedda Gabler de Ibsen. Como presidente do júri internacional, Benning lidera um grupo de nove personalidades do mundo do cinema e da cultura de vários países que atribuiu o Leão de Ouro (melhor filme), o Leão de Prata — Grande Prémio do Júri, Leão de Prata — Melhor Realizador, a Coppa Volpi para Melhor Actor e Melhor Actriz, o prémio de Melhor Argumento, o Prémio Especial do Júri e o Prémio Marcello Mastroianni para melhor jovem actor ou actriz.

O festival, que vai para a 74.ª edição — a edição inaugural foi em 1932 — e que decorre entre 30 de Agosto e 9 de Setembro, anuncia o seu alinhamento e cartaz no final deste mês, no dia 27. Em 2016, premiou o filipino Lav Diaz e The Woman Who Left com o Leão de Ouro, o seu prémio máximo. No passado, Veneza distinguiu Manoel de Oliveira, em 1985 e em 2004, com dois Leões de Ouro.

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