Assembleia da República quer que Governo promova santuário da Lapa, Sernancelhe
Resolução foi esta quarta-feira publicada em Diário da República.
Uma resolução da Assembleia da República que recomenda ao Governo que intervenha para potenciar o interesse económico e turístico, de âmbito religioso, do Santuário de Nossa Senhora da Lapa, em Sernancelhe, foi nesta quarta-feira publicada em Diário da República.
No documento, a Assembleia da República recomenda que o Governo “avalie as necessidades de intervenção no Santuário de Nossa Senhora da Lapa”, situado no norte do distrito de Viseu.
O objectivo é a sua “conservação, promoção, divulgação, valorização e protecção, de forma a potenciar as suas características enquanto património com interesse económico e turístico, de âmbito religioso”, acrescenta.
Uma das medidas sugeridas é a melhoria da “sinalética informativa sobre o património religioso, natural, cultural, histórico e gastronómico da região onde se situa o Santuário de Nossa Senhora da Lapa”.
A Assembleia da República quer também que o Governo promova este santuário “através das novas tecnologias de informação, recorrendo para o efeito às plataformas digitais, aproximando este local de outros que, no contexto europeu, já têm dimensão turística de âmbito religioso”.
De acordo com a autarquia, a história deste santuário começou em 1493, “com o aparecimento da imagem de Nossa Senhora debaixo de uma lapa, trazida para aquele local por religiosos que fugiam ao general mouro Al Mansor”.
“A gruta onde a imagem foi descoberta possui uma pedra muito estreia por onde reza a tradição que todos passam, excepto quem tiver pecado grave. A lenda tomou proporções nacionais e, sem demoras, surgiram as primeiras construções naquele local”, explica.
Foi alguns anos mais tarde, já sob a orientação dos jesuítas, que foi construída a actual igreja (concluída em 1635), “no exacto local onde a pastorinha Joana descobriu a imagem de Nossa Senhora”, acrescenta.
Os três grandes momentos de peregrinação à Senhora da Lapa acontecem a 10 de Junho, a 15 de agosto e no primeiro domingo de Setembro.
Segundo a autarquia, “estas peregrinações são precedidas de novenas, que funcionam como retiro aberto e são muito concorridas”.