Trump suspende visita ao Reino Unido

Presidente dos EUA receia manifestações hostis dos britânicos e disse a Theresa May que vai suspender o convite.

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Trump tem medo de ser mal recebido em território britânico Yuri Gripas/REUTERS

A visita de Donald Trump ao Reino Unido foi suspensa. O Presidente norte-americano telefonou à primeira-ministra Theresa May a dizer-lhe que não queria fazer a viagem, até que o povo britânico estivesse a favor da sua visita, noticiou o jornal The Guardian. O gabinete de Theresa May, no entanto, diz que não houve qualquer alteração aos planos de viagem do Presidente dos EUA, segundo avança a Reuters. Mas não há data marcada para a visita.

Trump receia enfrentar manifestações hostis, por isso preferiu adiar a visita, para a qual tinha sido convidado quando Theresa May esteve em Washington. Recusar convite, uma vez aceite, é algo simplesmente “impossível” em termos diplomáticos, dizem especialistas ouvidos pelo diário britânico.

O Presidente norte-americano, entretanto, já teve atitudes conflituosas em relação ao Reino Unido, nomeadamente com o presidente da câmara de Londres, Sadiq Khan, muçulmano, com quem um dos seus filhos já se envolveu em polémica, e no próprio dia do ataque terrorista na London Bridge.

Chamou-lhe "patético" e sugeriu que os londrinos têm motivos para estarem "alarmados" com a actuação do seu autarca. Nessa, altura, o trabalhista Khan apelou ao Governo britânico para que cancelasse o convite feito a Trump. May nada disse.

Jeremy Corbin, o líder dos trabalhistas, fica feliz, se Trump não viajar tão cedo ao Reino Unido. "O cancelamento é bem-vindo, em especial depois dos ataques ao presidente da Câmara de Londres e da saída dos EUA do Acordo do Clima de Paris", disse no Twitter.

"Trump está claramente aterrorizado com o povo britânico", afirmou Tim Farron, líder do partido Liberal Democrata. "Sabe que os britânicos consideram a sua política horrível e que não terão receio de o expressar. Theresa May devia envergonhar-se de o ter convidado tão rapidamente para uma visita de Estado. Agora, nenhum deles quer ser visto com o outro."

 

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