Congresso pede informações sobre ingerência russa a advogado de Trump
O advogado recusou fornecer qualquer tipo de informações sobre o caso, pois o Congresso fez um pedido "demasiado amplo".
Michael Cohen, advogado de Donald Trump, é mais um dos alvos da investigação sobre a alegada ingerência russa nas eleições presidenciais de Novembro. O Congresso, responsável pelas investigações, alarga assim o leque de suspeitas na possível ligação entre a campanha de Trump e a Rússia. A informação foi avançada pela ABC News nesta terça-feira.
Cohen foi interpelado por membros do Congresso para dar “informações e testemunhos” sobre a alegada interferência russa, confirmou o advogado à estação televisiva ABC.
O advogado de Donald Trump, que é a mais recente figura próxima do Presidente dos EUA a ser envolvida no caso, recusou o pedido dos membros da Câmara dos Representantes e do Senado por estes terem solicitado algo “demasiado amplo”, tornando-se “incapaz de ser respondido”. "Ainda não produziram uma única peça de provas credível que corroborasse a narrativa da Rússia", afirmou Michael Cohen à CNN.
Antes desta situação, já Jared Kuchner, genro de Donald Trump, tinha sido arrastado para as investigações e, apesar de não ter sido constituído suspeito – tal como Trump não o foi –, Kuchner é considerado “pessoa de interesse”.
Jared Kuchner terá pedido ao embaixador russo em Washington para iniciar um canal de comunicação secreto com Moscovo, com o objectivo de fugir aos olhos e aos ouvidos das agências de serviços secretos dos Estados Unidos.
A comissão do Senado que está a investigar o caso (que é liderada por um membro do Partido Republicano) pediu à equipa da campanha de Trump que entregue todos os documentos, emails e chamadas telefónicas em que participaram cidadãos russos desde Junho de 2015 – o mês em que Donald Trump anunciou oficialmente a candidatura à Casa Branca.
Ainda esta terça-feira, Mike Dubke, director de comunicação da Casa Branca, revelou que tinha pedido a demissão, já aceite por Donald Trump. Dubke trabalhou em estreita colaboração com o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, gerindo estratégias de comunicação nos bastidores e a resposta a crises tais como a demissão de James Comey do cargo de director do FBI.