Diogo Feio e Pestana Bastos disputaram presidência do Instituto Adelino Amaro da Costa
Os dois candidatos acabaram por chegar a um consenso e Diogo Feio lidera a direcção. Uma das figuras mais próximas de Paulo Portas abdicou de ser secretário-geral
O Instituto Adelino Amaro da Costa (IDL) foi palco de uma disputa eleitoral antes de se formar um consenso para uma lista única entre dois membros da comissão política de Assunção Cristas.
Diogo Feio, antigo vice-presidente da direcção de Paulo Portas e ex-líder parlamentar do CDS, foi o nome que acabou por ir a votos e suceder a Luís Gouveia Fernandes no cargo de presidente de Conselho Directivo do IDL. Foi a solução encontrada depois de Pedro Pestana Bastos, que tal como Diogo Feio também é da comissão política de Assunção Cristas, ter mostrado disponibilidade para ser candidato à presidência do IDL. Ao que o PÚBLICO apurou, a direcção do CDS teria preferência por Diogo Feio e terá feito chegar esse sinal a Pedro Pestana Bastos.
Na forja de uma lista para a nova direcção do IDL, um nome muito ligado a Paulo Portas, o seu antigo adjunto no anterior Governo PSD/CDS, Diogo Belford Henriques, também esteve disponível para ser secretário-geral, substituindo Raquel Santos e Macedo, mas isso acabou por não acontecer, mantendo-se como vogal do conselho directivo. Diogo Feio atribuiu-lhe responsabilidades na área internacional do IDL. Raquel Santos e Macedo saiu do cargo e foi substituída por Francisco Ribeirinho, que era vogal do Conselho Fiscal do IDL, e que foi o primeiro-secretário-geral da Juventude Centrista.
Os dois candidatos a presidente do IDL sentaram-se à mesa e chegaram a uma lista única que foi a votos: Diogo Feio ficou com a presidência, Pedro Pestana Bastos com a vice-presidência, e Diogo Belford Henriques abdicou de ser secretário-geral neste mandato.
Pedro Pestana Bastos fez parte da comissão política de Paulo Portas apesar de ter sido um dos rostos do Movimento Alternativa e Responsabilidade, de Filipe Anacoreta Correia, que era crítico da anterior direcção do CDS. Mesmo sendo membro da actual comissão política, o advogado não hesitou em criticar publicamente a decisão da líder do CDS de assinar uma aliança com o Partido Popular Monárquico e o Partido Movimento da Terra para a sua candidatura em Lisboa.
Na nova composição dos órgãos sociais, Luís Gouveia Fernandes passou para a presidência da Assembleia Geral de que também faz parte Filipe Lobo d’Ávila. Na direcção mantêm-se dois deputados do CDS: João Almeida, que é porta-voz do partido, e Filipe Anacoreta Correia.
Criado em 1975, o IDL tem 85 associados entre os quais os ex-presidentes do CDS Paulo Portas, Freitas do Amaral e José Ribeiro e Castro, mas também outros nomes que não são filiados no partido ou que se afastaram como Basílio Horta, que foi, aliás, um dos fundadores.
Os almoços-debates é uma das iniciativas que o IDL promove há vários anos com regularidade. Esta sexta-feira foi convidado o diplomata Francisco Seixas da Costa para falar sobre as eleições em França e as “consequências à escala europeia”.