Fisco já reembolsou 1200 milhões de euros de IRS
Dados apresentados pelo ministro das Finanças dizem respeito ao período até 15 de Maio.
O ministro das Finanças, Mário Centeno, anunciou nesta sexta-feira no Parlamento que já foram reembolsados 1200 milhões de euros na campanha de IRS (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares) deste ano.
“O valor reembolsado em IRS atingiu 1200 milhões de euros até 15 de Maio. Este valor corresponde a mais do dobro do ano passado”, disse Mário Centeno durante uma audição na Comissão Parlamentar de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa. No final de Maio do ano passado, os reembolsos de IRS representavam 676 milhões de euros, segundo a síntese de execução orçamental da Direcção-Geral do Orçamento (DGO).
Na campanha de IRS do ano passado, a entrega das declarações decorreu em dois momentos: um primeiro, no mês de Abril, para trabalhadores dependentes e pensionistas, e um segundo, no mês de Maio, para trabalhadores com rendimentos das restantes categorias (independentes, sobretudo). Este ano, a campanha de IRS começou em 1 de Abril — e decorre até ao final de Maio — para pensionistas e trabalhadores (com rendimentos das diferentes categorias).
Na sua intervenção inicial, o ministro reiterou que “estão criadas as condições para a saída do Procedimento por Défices Excessivos”, sendo que a Comissão Europeia vai anunciar na segunda-feira a sua decisão sobre o assunto.
Mário Centeno fez um resumo dos resultados do último ano e meio de governação, considerando que foram enfrentados “ventos adversos”, mas que a confiança foi recuperada.
O ministro destacou também os dados do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, que, segundo divulgou o INE no início desta semana, cresceu 1% em cadeia e 2,8% em termos homólogos: “É o mais elevado crescimento homólogo trimestral deste século e tem ainda mais valor porque é conseguido ao mesmo tempo que conseguimos o valor do défice mais baixo em 40 anos”, disse.
Portugal encerrou 2016 com um défice de 2% do PIB, abaixo da meta de 2,5% definida pela Comissão Europeia para o encerramento do Procedimento por Défices Excessivos aquando do encerramento do processo de aplicação de sanções a Portugal. Para Mário Centeno, o desafio continua a ser a estabilização do sistema financeiro.