O lugar de Maria é consensual no catolicismo? Não, de todo
Há uma forte presença da mãe de Jesus na teologia, na vida dos crentes – e dos Papas. Mas o entendimento do seu lugar no dogma cristão tem sido objecto de debates e muitas polémicas.
Na primeira metade do século VIII, São João Damasceno, um dos mais importantes teólogos cristãos do primeiro milénio cristão, escrevia que “Maria é a primeira das novas criaturas”.
Com essa afirmação, queria destacar o papel da mãe de Jesus na configuração da fé cristã. Mãe de Cristo e irmã dos crentes, primeira seguidora e discípula do seu filho, protectora e advogada de quem a ela recorre, Maria de Nazaré pode ser também arquétipo da figura da mãe, da presença do feminino na antropologia e figuração da deusa-mãe. A sua personalidade é, desde o início do cristianismo, venerada em diferentes graus, a ponto de ter sido proclamada pelo Concílio de Éfeso, em 431, como Theotokos – literalmente, “portadora de Deus”, ou seja, mãe de Deus.
O catolicismo e o cristianismo ortodoxo (predominante no leste europeu e no Médio Oriente) herdaram esse entendimento e essa veneração. Ao contrário do protestantismo, que se afastou daquilo que considerava os desvios e exageros da tradição católica.
Característica da identidade católica, a veneração a Maria é, no entanto, objecto de debates, divergências, opiniões diferentes – mesmo no interior do catolicismo. Esses diversos graus de adesão e as distintas expressões de linguagem utilizadas manifestam também, quase sempre, modos de ver e de se relacionar com a mãe de Jesus muito díspares.
O Papa Francisco não foge à regra: devoto da figura de Nossa Senhora, ele afirma, desse modo, a sua absoluta identidade católica. Mas, vindo da América Latina, ele dá a essa devoção uma configuração que não coincide completamente com algumas tradições. E que, se acentua a dimensão popular da irmã e companheira que apoia e auxilia os crentes, também afirma em permanência a centralidade de Jesus e do seu evangelho como fundamentos da fé cristã. Maria é, nesta perspectiva, tomada como a primeira seguidora de Jesus e a referência dos crentes.
A desatadora dos nós e a ternura para ajudar
No modo como Francisco se relaciona com a figura de Maria contam, desde logo, os gestos iniciais: na primeira manhã depois de eleito, o novo Papa dirigiu-se à basílica de Santa Maria Maior, em Roma. Ali, Inácio de Loiola, fundador dos jesuítas, a ordem a que pertence Jorge Mario Bergoglio, celebrara a primeira missa de Natal, em 1538. Mas Bergoglio, agora Francisco, não foi lá por causa do fundador da sua ordem, antes para rezar e colocar um ramo de flores. Era a sua forma de saudar a imagem conhecida como Salus Populi Romani, a protectora do povo de Roma.
A invocação que Bergoglio/Francisco prefere, no entanto, é outra: Nossa Senhora Desatadora dos Nós, uma representação pictórica que ele viu na Igreja de St. Peter am Perlach, em Augsburgo (Alemanha), quando lá viveu, a partir de 1986, para fazer a tese em teologia. Numa pagela que o então padre e, depois, bispo Bergoglio passou a distribuir às pessoas, a imagem de Nossa Senhora Desatadora dos Nós era apresentada como alguém capaz de desfazer “todos os nós do coração, todos os nós da consciência”, todos os nós “da vida pessoal, familiar e profissional, da vida comunitária” que “as mãos bondosas de Maria vão desatando um a um”.
Apesar deste modo de se relacionar com a devoção mariana, “Francisco não é o mariano João Paulo II nem alimenta as interpretações teológicas que ampliaram a figura de Maria no culto católico do século XX, muito pela sensibilidade do Papa polaco, que chegou ao ponto de identificar o atentado que sofreu com as narrativas do fenómeno de Fátima”. Como ficou escrito no livro Papa Francisco – A Revolução Imparável (publicado, em Abril, por Joaquim Franco e pelo autor deste texto, na Manuscrito) “valorizando a religiosidade popular, a simplicidade e generosidade do povo crente, Francisco recentra a devoção mariana”.
De que modo o faz? Colocando Maria em função do seguimento de Jesus. A 12 de Outubro de 2013, o Papa presidiu, na Praça de São Pedro, a uma jornada de oração no âmbito do Ano da Fé, que Bento XVI convocara. Diante dele, tinha a imagem de Nossa Senhora de Fátima. Mas o centro da sua intervenção apontou outra direcção: “Em que sentido a fé de Maria foi um caminho? No sentido de que toda a sua vida foi seguir o seu Filho: Ele – Jesus – é a estrada, Ele é o caminho! Progredir na fé, avançar nesta peregrinação espiritual que é a fé não é senão seguir a Jesus; (…) ter os próprios sentimentos e atitudes d’Ele. E quais são os sentimentos e as atitudes de Jesus? Humildade, misericórdia, solidariedade, mas também firme repulsa da hipocrisia, do fingimento, da idolatria.”
Na mesma ocasião, acrescentou ainda, em forma de perguntas que os crentes se deveriam colocar a si mesmos: “Deixo-me surpreender por Deus, como fez Maria, ou fecho-me nas minhas seguranças, seguranças materiais, seguranças intelectuais, seguranças ideológicas, seguranças dos meus projectos? (…) Sou um cristão ‘soluçante’ ou sou cristão sempre?” E, tomando o exemplo da mãe de Jesus, concluiu: “Infelizmente, a cultura do provisório, do relativo penetra também na vivência da fé. Nunca podemos ir pela estrada do provisório. Isto destrói-nos. A fé é a fidelidade definitiva, como a de Maria.”
Fátima, como a Senhora da Aparecida, no Brasil, ou outros santuários e invocações marianas, não são, por isso, menosprezados por Francisco. São já várias, aliás, as ocasiões em que o Papa se referiu ao santuário português – uma delas contada pelo próprio logo na primeira alocução de domingo após ter sido eleito, no Angelus de 17 de Março de 2013.
Francisco recordou, então, a passagem da imagem de Fátima por Buenos Aires, em 1998, quando o então arcebispo Bergoglio de novo invocou Maria de Nazaré. Também aqui, tomou a figura da religiosidade popular, concreta e próxima das pessoas, mas apontando para aquela com quem os crentes podem aprender a viver o discipulado de Jesus: “Querida Mãe, bem-vinda a casa! Ensina-nos que Jesus está vivo, que o sintamos vivo no meio de nós. Ensina-nos a linguagem da ternura. Olha para a minha família, sabeis o que necessita. Olha para o nosso bairro, sabeis onde tens de ir. Olha para o meu coração, conhece-lo melhor do que eu. (…) Dá-me ternura para ajudar os demais.”
Esta ideia não é de somenos. Para o Papa, a oração, a proximidade com Deus, o compromisso em favor de quem mais necessita, a solidariedade com quem sofre, a luta por uma sociedade mais justa, a actividade política como serviço público para todos ou a defesa da criação são aspectos diferentes de uma única e mesma realidade, impossível de partir aos bocados: a fé em Jesus. Por isso, falar de devoção a Maria é, para Francisco, falar da atenção aos demais.
Possuída por Deus, na maternidade
Pode retomar-se, aqui, a primeira homilia de João Damasceno sobre a Dormição de Nossa Senhora (nome dado ao momento da morte de Maria, antes do que alguma tradição cristã entende como a posterior “subida” do seu corpo ao céu). No texto, referia-se ao episódio em que, segundo o relato bíblico, Maria de Nazaré fica a saber, pelo anjo Gabriel, que será mãe de Jesus. Escrevia o teólogo: “Maria é a primeira das novas criaturas. No entanto, mesmo para ela, o anúncio do anjo é perturbador. A fecundidade de toda a natureza com as leis que a regem está apta a acolher a intervenção da plenitude do Espírito Santo, através do consentimento do coração humano, dessa boa vontade de cada homem, e de dar à luz um mundo novo. Eis o que é perturbador, porque verdadeiramente revolucionário. Maria acredita que é possível e dá o seu ‘sim’.”
João Damasceno terá nascido em Damasco, entre cerca de 650-675 e morrido cerca de 750. Nessa época, a cidade era capital da Síria e centro do islão político que despontava. Na conclusão da sua homilia, numa cidade que era ainda maioritariamente cristã, o futuro “doutor da Igreja” afirmava já: “Maria é verdadeira mediadora porque participa na plenitude da graça daquele que é o mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, seu filho.”
Apontar Maria como mediadora e definir o que isso significa em concreto foi causa e consequência de muitos debates no interior do cristianismo, ao longo dos séculos. Qual deve ser, exactamente, o lugar da mãe de Jesus? Mediadora entre os crentes e Deus e, por vezes, colocada num plano próximo ao de Jesus, ou apenas vista como a primeira discípula do seu próprio filho? E deve ser objecto de culto e veneração, como admitem e praticam as tradições católica e ortodoxa, ou apenas uma referência e modelo no seguimento de Jesus?
Leonardo Boff, o teólogo da libertação que Ratzinger, enquanto cardeal, chegou a remeter ao silêncio teológico, escreveu que ela é O Rosto Materno de Deus. É esse o título do livro que o pensador brasileiro dedica à figura de Maria e ao estudo das formas religiosas do feminino. Na maternidade, escreve Boff, “radica toda a grandeza de Maria”. E acrescenta: “Ela não é apenas a consagrada de Deus. É possuída por Ele. Torna-se sua esposa. É a mãe de Jesus, que é Deus.”
O teólogo recorda ainda que, nos textos bíblicos do Novo Testamento, Maria é referida como virgem apenas duas vezes, enquanto em 25 passagens se fala dela como mãe de Jesus. É essa dimensão da maternidade que acabará por fazer de Maria aquilo que ela virá a ser numa boa parte da tradição cristã, afirmando-se sobre outras – a de seguidora ou discípula, nomeadamente. E uma tal característica adocicou-a, poliu-a de eventuais austeridades divinas, tornou, através dela, Deus presente na vida de muitos crentes.
Pode dizer-se que, neste movimento, os textos apócrifos ganharam aos textos canónicos. O escritor francês Jacques Duquesne, que publicou biografias de Jesus (Jesus, ed. Temas e Debates) e outra de Maria (Maria – A Verdadeira História da Mãe de Jesus, ed. Asa), nota que ela tem um papel “considerável” nos evangelhos aprócrifos, os textos que as primeiras comunidades cristãs não acolheram como autênticos e credíveis. Essa presença, “muitíssimo maior” do que a que se verifica nos quatro evangelhos canónicos – Mateus, Marcos, Lucas e João –, está povoada de histórias maravilhosas. De tal modo que alguns pormenores das narrativas do nascimento e infância de Jesus, nos evangelhos de Mateus e de Lucas são semelhantes a histórias dos apócrifos.
Mas há mais: nos quatro evangelhos canónicos, as referências a Maria nem sempre são as mais agradáveis. Nos textos de Mateus, Marcos e Lucas, chegam a contar-se discussões sobre o desejo da família de Jesus de que ele abandonasse a vida de pregador itinerante. “Aquele que fizer a vontade de Deus, esse é que é meu irmão, minha irmã e minha mãe”, responde ele, aos que lhe levam o recado da família.
“Depreende-se ser óbvio que a família não era bem-vinda. Eles representavam a atitude dos familiares que estavam determinados a [impedir Jesus] de prosseguir a sua carismática missão”, comenta o húngaro Geza Vermes, exegeta bíblico e professor emérito da Universidade de Oxford, no livro Quem é Quem no Tempo de Jesus. Essas passagens, acrescenta o mesmo autor, traduzem “um desacordo sério entre [Jesus] e os seus mais próximos e mais amados”.
Os Papas no fio da navalha
O debate entre católicos e entre as diferentes tradições cristãs tem ocorrido entre esses dois pólos: de um lado, os que entendem que, sendo a mãe de Jesus e sendo Jesus Deus encarnado, ela deve ser objecto de veneração especial; do outro, os que a vêem como uma referência no modo de viver, para quem acredita em Cristo. No primeiro caso, estão sobretudo muitos católicos e ortodoxos; no segundo, a maior parte das correntes protestantes.
Nas últimas décadas, assiste-se a um movimento de debate, aproximação e procura de convergência. Do lado católico, tende-se à purificação de devoções, orações e rituais, de modo a recolocar no centro a figura de Jesus. Do lado protestante, tenta-se, sem contrariar o texto bíblico, reinterpretar a teologia dos primeiros séculos cristãos e entender outras dimensões como a antropologia.
Este processo, no entanto, não é isento de escolhos. Há duas décadas, um grande movimento no interior da Igreja Católica – apoiado por cerca de seis milhões de assinaturas, incluindo de alguns cardeais da Cúria Romana, enviadas ao Papa João Paulo II – pedia que ele proclamasse um novo dogma: o de Maria como “co-redentora”. Não era a primeira vez que isso acontecia: durante o II Concílio do Vaticano (1962-65), uma minoria entre os mais de quatro mil bispos participantes também pressionou o então Papa Paulo VI a fazer o mesmo.
Entre 1993 e 1997, o movimento quis, no entanto, esticar a corda. Com um Papa profundamente devoto de Maria e que, em alguns discursos, tinha usado a expressão de co-redentora referindo-se à mãe de Jesus, aquelas assinaturas pretendiam aproveitar o momento. Com tal proclamação, a mãe de Jesus teria, na concepção católica, um lugar equivalente ao de Cristo, ele sim entendido desde o início como o salvador de toda a humanidade. Ou seja, seria uma reconfiguração absoluta do dogma cristão.
O iniciador da ideia, Mark Miravalle, professor da Universidade Franciscana de Steubenville, dizia na Newsweek (num trabalho citado no PÚBLICO de 7/09/1997) que esperava que uma tal proclamação acontecesse antes do ano 2000. Para isso, entre a enorme quantidade de assinaturas recolhidas em centena e meia de países, contava com nomes como os de Madre Teresa de Calcutá, quatro dezenas de cardeais e meia centena de bispos. Em 2008, já com Bento XVI, mais cinco cardeais dirigiram ao Papa uma nova petição no mesmo sentido.
Uma tal ideia seria considerada, em 1997, pelo padre e biblista Joaquim Carreira das Neves, como “maximalista” e reflexo do “fundamentalismo católico”, que poria “um prego no caixão do ecumenismo” – ou seja, contribuiria decisivamente para uma nova e grave ruptura nas relações entre católicos e protestantes.
Há toda uma “subcultura” católica ligada à figura de Nossa senhora, recordava a Newsweek. Pagelas, jornais, boletins, livros, panfletos, brochuras de orações e de piedade, e, agora, também páginas de Internet, fazem parte desta constelação. Na maior parte das vezes, ela faz-se de um gosto temporalmente muito marcado pelo barroco ou pelas imagens indistintas do século XIX, quando a maior parte da arte católica desceu a patamares duvidosos.
Em 1996, o Congresso Mariológico Internacional, realizado no santuário polaco de Czestochowa, considerara que a proclamação de um tal dogma “não seria teologicamente perspicaz“. Apesar de reunir muitos dos teólogos que se debruçam sobre o tema – católicos, mas também protestantes –, o congresso apontou a ambiguidade que o título traria à própria fé católica. E sublinhava que não se deveria abandonar a linha traçada no II Concílio do Vaticano, que não utilizara o título de co-redentora e fizera um “uso muito sóbrio” de títulos como “mediadora” ou “advogada”.
Nessa década de 1960, o Papa Paulo VI também resistira, num difícil jogo de equilíbrio, às pressões dos mesmos sectores, no sentido da proclamação do dogma. O Papa Montini estava entre os que queriam profundas e rápidas mudanças no catolicismo e os que viam no Vaticano II uma traição aos mais importantes princípios católicos. E é esse mesmo fio de navalha que aparece no seu documento Marialis Cultus, de Fevereiro de 1974, dedicado precisamente ao culto de Maria.
No texto, Paulo VI queria dar orientações “de ordem bíblica, litúrgica, ecuménica e antropológica, a ter presentes no rever ou criar exercícios e práticas de piedade, para tornar mais vivo e mais sentido o vínculo” que une os crentes à mãe de Cristo. E admitia a sua preocupação ecuménica, ao referir-se às “não leves discordâncias” existentes sobre as questões da função de Maria e o culto a prestar-lhe, ao mesmo tempo que manifestava o seu contentamento por, da parte dos protestantes, haver “uma melhor compreensão” sobre esses temas.
Também João Paulo II, apesar da sua forte marca devocional a Maria, admitia na encíclica Ut Unum Sint (Que todos sejam um), dedicada ao diálogo com outros cristãos, que aquelas divergências eram um obstáculo importante na tentativa de “alcançar um verdadeiro consenso de fé”.
É verdade que, no início, a Reforma de Lutero não colocou em causa o essencial da visão que até aí existia sobre Maria. O reformador escreveu mesmo, num sermão da festa da Assunção: “Deste Evangelho não podemos tirar conclusões sobre de que forma está Maria no céu. Não é, de todo, necessário conhecer a forma dos santos no céu. É suficiente saber que vivem em Cristo. (...) Mãe de Deus, Maria vê-se subir acima de todas as criaturas sem, apesar disso, abandonar a sua tranquila simplicidade.”
São os exageros que continuam a ser mal vistos pelos outros cristãos. Fernando Soares, bispo emérito da Igreja Lusitana (Comunhão Anglicana), recorda, no número de Maio-Junho 2017 da revista Bíblica: “O ano passado, a imagem de Fátima percorreu as dioceses de Portugal exposta como uma deusa a ser ‘adorada’ pelo povo, em manifestação contrastante com a humildade da Virgem e o seu conselho focado em Jesus: ‘Fazei tudo o que ele vos disser’.” E acrescenta: “Tal prática de religiosidade popular, que deve ser respeitada, constitui obstáculo com que se confrontam as outras Igrejas no relacionamento ecuménico.”
O Papa Francisco está também, assim, no fio da navalha. Bergoglio tem demonstrado a sua sagacidade em ir chamando a atenção para o que entende como essencial sem destruir pontes com quem pensa diferente dele. A 15 de Agosto de 2015, na alocução do Angelus, ele voltava a falar da dimensão acolhedora, mas também do sinal de esperança para quem mais sofre com que Maria pode ser olhada, mas sempre como modelo para quem quer seguir Jesus: “Deus faz resplandecer para o seu povo, peregrino na terra, um sinal de consolação e de esperança segura. Aquele sinal tem um rosto e um nome: o rosto luminoso da Mãe do Senhor, o nome bendito de Maria, a cheia de graça, bem-aventurada porque acreditou na palavra do Senhor.”
Não deverá andar muito longe destas ideias o que o Papa virá dizer em Fátima.
Bibliografia utilizada: Maria – Testi teologici e spirituali dal I al XX secolo, coord. Enzo Bianchi, ed. Arnoldo Mondadori, 6ª ed., 2006; António Marujo e Joaquim Franco, Papa Francisco, A Revolução Imparável, Manuscrito, 2017; Evangelina Himitian, Francisco, o Papa do Povo, Objectiva, Carnaxide, 2013; Geza Vermes, Quem é Quem no Tempo de Jesus, ed. Texto; Jacques Ducquesne, Maria – A Verdadeira História da Mãe de Jesus, ed. Asa, 2006; S. João Damasceno, Primeira Homilia sobre a Dormição, Cadernos do Centro de Estudos Pastorais do Patriarcado de Lisboa; Leonardo Boff, O Rosto Materno de Deus, ed. Vozes, 1978.
António Marujo foi jornalista do PÚBLICO e escreve actualmente no religionline.blogspot.pt